4º TRIM. 2015 – LIÇÃO
Nº 1 – GÊNESIS, O LIVRO DA CRIAÇÃO
DIVINA
O Começo de Todas as Coisas – Estudos sobre o livro de Gênesis
INTRODUÇÃO AO TRIMESTRE
Estamos caminhando para o término de mais um ano letivo da Escola Bíblica Dominical, agradecendo a Deus por, em tempos tão difíceis, termos podido aprender a sã doutrina em liberdade de culto e de crença, tendo tido oportunidade de continuar a nossa santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.
A primeira parte do livro, abrange
os 11 primeiros capítulos, que dão conta da criação e das três primeiras
dispensações (inocência, consciência e governo humano), chamada de “ciclo das
origens”. As três últimas lições falam, sucintamente, das vidas dos patriarcas
Abraão, Isaque e Jacó, e uma lição a respeito de José.
O livro de Gênesis recebeu este
nome por parte dos responsáveis pela tradução das Escrituras para o grego, a
primeira versão da Bíblia, a chamada Septuaginta, precisamente porque é o livro
das origens, o livro em que ficamos a saber, pela revelação divina, do
princípio de todas as coisas, do começo de tudo o que há.
Obs: Septuaginta = setenta escribas, versão esta que foi mandada fazer pelo rei do
Egito Ptolomeu II Filadelfo, que governava sobre os judeus no século III a.C.
Os israelitas chamam de Bereshit, que são as primeiras
palavras do texto, ou seja, no princípio.
Embora o livro de Gênesis, pelo seu
próprio conteúdo, seja o primeiro na ordem dos livros da Bíblia Sagrada, não
foi o primeiro livro a ser escrito. Os estudiosos e a própria tradição judaica
consideram o livro de Jó o primeiro a ser escrito. Pode ter sido escrito ou por
Jó, ou por Moisés, quando ainda estava no deserto de Midiã.
O livro de Gênesis foi escrito por
Moisés durante a peregrinação de Israel para a Terra Prometida. Até Jesus disse
(Lc. 24:44).
O texto do livro não menciona o
nome de Moisés, pois os acontecimentos narrados, ocorrem muito antes dos dias
de Moisés. É o primeiro e o mais longo dos cinco livros.
O propósito principal do livro é
mostrar como Deus escolheu o povo de Israel para ter uma relação com ele. Ainda
narra a criação, a queda do homem, o dilúvio e a difusão da língua, as histórias
dos patriarcas da nação de Israel: Abraão, isaque e Jacó. A história de José e
a ida dos israelitas para o Egito.
Podemos dividir este trimestre em
cinco blocos.
Primeiro – lição 1 – Introdutório (o
livro de Gênesis).
Segundo
–– Cuida da criação de todas as coisas (lições 2 e 3), onde estudaremos a
criação dos céus e da terra (lição 2) e a criação do homem (lição 3).
Terceiro
– Cuida da chamada “dispensação da consciência”, que vai desde a queda do homem
até o dilúvio, abrangendo as lições 4 a 7.
Quarto
– Cuida da chamada “dispensação do governo humano”, que vai desde o dilúvio até
a confusão das línguas em Babel, abrangendo as lições 8 a 10.
Quinto
e último bloco – Cuida da chamada “dispensação patriarcal”, com três estudos a
respeito de Abraão (lição 11), Isaque (lição 12) e José (lição 13).
A
capa da revista apresenta o globo terrestre devidamente iluminado, nos remetendo
à criação de todas as coisas, pois toda a criação iniciou-se pela luz (Gn.1:3),
ao começo de todas as coisas, que é, aliás, o título deste trimestre.
O
comentarista do trimestre é o pastor Claudionor de Andrade, consultor teológico
A e ex-gerente de publicações da CPAD.
INTRODUÇÃO – LIÇÃO 1
O
livro de Gênesis e o começo dos cinco livros escritos por Moisés, são chamados
de O Livro da Lei – a Torá , é como este grupo é denominado pelos israelitas. Foi
escrito no Monte Sinai durante os 40 dias e noites por volta de 1440 A.C.
Algumas
provas que Moisés foi o autor:
· Deus ordenou-lhe que escrevesse o
livro (Ex.17:14; 34:27);
· Moisés escreveu um livro (Ex.24:5,7;
Nm.33:2; Dt.31:9);
· Cópias do livro de Moisés eram feitas
para os reis (Dt.17:18-20);
· Josué aceitou o livro da lei como
sendo escrito por Moisés e o copiou em 2 montes (Dt.11:26-32; Js.8:30-35). Ele
contribuiu com o livro, escrevendo talvez o último capítulo (Dt.34) sobre a
morte de Moisés (Js.24:26);
· Cristo atribui toda a lei — todos
os 5 livros do Pentateuco — a Moisés (Lc.24:27,44; Gn.3:15; Mc.7:10 com
Ex.20:12; 21:17; Jo.1:17; 5:46; 7:19,23);
· Os apóstolos atribuíram a lei a
Moisés (At.13:39; 15:1,5,21; 28:23).
Segundo
Finnis Jennings Dake (1902-1987), o livro de Gênesis tem 50 capítulos, 1.533
versículos, 38.267 palavras, 1.385 versículos de história, 149 questões, 56
profecias, 123 versículos com profecias cumpridas, 23 versículos com profecias
não cumpridas, 106 ordens, 71 promessas, 236 predições e 95 mensagens distintas
de Deus.
A história contida em Gênesis
abrange um período de tempo maior do que todo o restante da Bíblia.
Gênesis revela que o universo
material e a vida na terra são
categoricamente obra de Deus e não um processo independente da natureza.Ele
também é o livro das primeiras coisas: o primeiro casamento, primeira família,
primeiro nascimento, primeiro pecado, primeiro homicídio, primeiro polígamo,
primeiros instrumentos musicais, primeira promessa de redenção, etc.
O livro de Gênesis está vinculado Álefe
(N), que é o símbolo das primeiras coisas no hebraico. É a letra que inicia o
primeiro nome divino Elohim, é a letra que é o símbolo de Deus como criador e
mestre do universo.
Primeiro
capítulo, temos a descrição da criação de todas as coisas, criação esta que é
dividida em seis períodos, os denominados “seis dias”, narrativa esta que tem
sido, ao longo da história da humanidade, e, mais precisamente, do grande
avanço científico dos últimos três séculos, sido confirmada pelas descobertas
que a ciência tem feito.
Segundo
capítulo, temos a criação do homem, a coroa da criação terrena e para quem,
afinal de contas, foi revelada a Bíblia Sagrada, descrevendo a criação do homem,
da mulher, do jardim que Deus formou no Éden para colocar o primeiro casal,
onde começa a família.
Terceiro
ao 8º capítulo, marca os principais fatos ocorridos durante a chamada dispensação
da consciência. Período onde Deus tratou com o homem através da consciência
humana. Narra também:
a)
A queda do homem e a entrada do pecado no mundo, como também a promessa da
vinda de um Salvador (Gn.3:15).
b)
Os primeiros juízos decorrentes do pecado.
c)
A misericórdia de Deus quando vestiu o casal e não permitiu o acesso a árvore
da vida e deste modo, não tornando definitiva a queda.
Deus”.
Quinto
capítulo, a genealogia dos descendentes de Sete, destacando-se a figura de Enoque,
o “primeiro profeta” (Jd.14), genealogia que vai até Noé.
Sexto
capítulo, narra a corrupção da “geração de Noé”, a apostasia do “primeiro povo
de Deus”, que fez com que a terra se enchesse de violência, o que levou à
decisão divina de destruir o mundo por meio do dilúvio, anunciado a Noé.
Sétimo e oitavo capítulos, temos a narrativa do dilúvio,
que foi o juízo divino daquela geração ímpia.
Nono
capítulo, narra o “pacto noaico”, a aliança firmada entre Deus e Noé e também a
chamada “dispensação do governo humano”, o período em que Deus tratou com o homem
além da consciência e o reinício da humanidade, através da família de Noé.
Décimo
capítulo, traz-nos uma genealogia dos descendentes de Noé, mostrando a origem
das nações que hoje temos em nosso planeta.
Capítulo
onze, a dispersão das nações, com o episódio da confusão das línguas em Babel,
que põe fim à dispensação do governo humano. Esse capítulo termina dedicado à
genealogia de um dos filhos de Noé, Sem, de onde descenderia Abraão.
Do
capítulo 12 até ao capítulo 25, costuma-se a denominar de “ciclo de Abraão”, ou
seja, a narrativa da vida de Abraão, nascido na cidade de Ur dos caldeus, foi
chamado aos setenta anos para ser o pai de uma grande nação, de onde viria a
“semente da mulher” prometida pelo Senhor ao primeiro casal no Éden.
Capítulo
13, a dispensação patriarcal ou dispensação da promessa, período em que Deus
tratou com a humanidade por meio dos “patriarcas”. Aqueles que o Senhor
escolheu para serem os pais de Israel.
Foram
quatorze capítulos sobre Abraão, sua chamada, sua peregrinação à terra de
Canaã, por 25 anosos , também a genealogia de Ismael.
Temos
a seguir, o chamado “ciclo de Isaque”, o filho da promessa (do capítulo 25 ao
27), o filho que Deus havia prometido a Abraão. Isaque foi outro peregrino na
terra de Canaã ( Hb.11:8,9).
A
partir do capítulo 28 até o final do capítulo 36, o protagonista foi Jacó, que
posteriormente teve seu nome mudado para Israel (Gn.32:28), que, apesar de não
ter sido o primogênito de Isaque, herdou as promessas feitas a Abraão, diante
do desprezo de Esaú teve em relação à sua primogenitura (Gn.25:33,34). Esaú deu
origem aos edomitas que seriam históricos adversários do povo de Israel. Relata
a ida de Jacó para Padã-Arã, onde formou a sua família, seus embates com o seu
tio e sogro Labão e o seu retorno a Canaã, depois de vinte anos.
A
partir do capítulo 37, temos o chamado “ciclo de José”, o oitavo filho de Jacó e
o primeiro filho de Raquel, que foi vendido pelos seus irmãos ao Egito e lá se
tornou governador. Neste “ciclo”, está o capítulo 38, onde se tem a história de
Judá e de Tamar, que mostra o “começo da tribo de Judá”, de onde nasceria o
Salvador.
CONCLUSÃO
O livro do
Gênesis começa com a criação e termina com a morte de José e o povo de Israel
no Egito e a promessa feita pelos irmãos de José de não enterrá-lo no Egito, e que seus ossos
seriam levados para Canaã.
Bíblia Online.
Bíblia de Estudo
Pentecostal.
Bíblia de Estudo – Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo
Plenitude.
Dicionário online de
Português.
Dicionário da Bíblia, Teologia e
Filosofia – R.N.
CHAMPLIN.
Dicionário wycliffe.
Comentário Bíblico popular (Antigo Testamento) - William
Macdonald.
Pequena Enciclopédia Bíblica –
Orlando Boyer – IBAD.
Lições Bíblicas CPAD – 4º Trimestre – 2015.
Revista Ensinador
Cristão – nº 64 – CPAD.
O Começo de Todas as Coisas.
Claudionor de Andrade. CPAD.
Portal
EBD – Dr. Caramuru Afonso Francisco.
Consultas a sites de Estudos Bíblicos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário