segunda-feira, 12 de outubro de 2015

A CRIAÇÃO DOS CÉUS E DA TERRA



4º TRIM. 2015 – LIÇÃO Nº 2 – A CRIAÇÃO DOS CÉUS E DA TERRA

O Começo de Todas as Coisas – Estudos sobre o livro de Gênesis

 

INTRODUÇÃO

Na sequência de estudos sobre o livro de Gênesis, estudaremos a narrativa dos céus e da terra.

I – A CRIAÇÃO DE TODAS AS COISAS
O livro de Gênesis começa com uma afirmação: “No princípio criou Deus os céus e a terra”. Tal afirmativa apresenta, de imediato, importantíssimas revelações que o Senhor nos dá e que são fundamentais para que entendamos todas as Escrituras.

Lições desta afirmação:

1ª) Há uma distinção entre o Criador e a Sua criação.
O primeiro versículo nos mostra que existe um Criador (“’Elohim”), chamado Deus e a criação, chamada de “céus e terra”.
a) As Escrituras afastam o denominado “panteísmo”, que é o ensino de que Deus e criação se confundem, de que “tudo é Deus”.
b) Deus é o supremo Autor de todo o Universo e Autor de todo este mundo maravilhoso e tudo que ele contém. Ele o sustenta de modo harmonioso e rege sobre todos os seres inteligentes criados, angelicais ou humanos. Ele Se interessa nos mínimos detalhes referentes às Suas criaturas.

2ª) A criação é submetida ao tempo.
O texto fala de um “princípio”, de um “começo de todas as coisas”. Indica que toda a criação está submetida ao tempo, algo que seria demonstrado pelo físico Albert Einstein (1879-1955) na chamada “teoria da relatividade”, a nos mostrar que não há qualquer oposição entre a ciência e a Bíblia Sagrada.
Esta segunda lição tem uma consequência lógica, a de que Deus está acima do tempo, não está submetido ao tempo, isto é, Deus é eterno e somente Ele é. Muitos querem que Deus atenda aos seus pedidos no tempo deles, esquecendo que Deus está além do tempo.

3ª) O verbo “criou” se encontra no singular.
Mostrando que só há um Deus, que criou todas as coisas.

4ª) Um único Deus, com uma “realidade plural”.
A palavra utilizada para designar o Senhor é “’Elohim” (אלהים), que é uma palavra no plural.
O plural hebraico significa completude da divindade ou o absoluto Deus e também se explicaria a Trindade de um único Deus subsistente em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo.

5ª) A primeira criação foram os céus.
Não como universo físico ou firmamento, que foram criados posteriormente, como vemos em Gn.1:14-18, mas, sim, a criação espiritual, os céus onde iremos habitar, onde habitam os anjos, os exércitos celestiais, que são tão bem descritos por João em Ap. 4 e 5, Dt. 10:14, II Cr.2:6.

6ª) Somente depois da criação do mundo espiritual, é que foi criada a matéria.
O mundo material, o Universo físico mencionado pelo próprio Deus em (Jó 38:7), nos mostra que o mundo espiritual foi criado antes do mundo material. Primeiro, Deus criou os céus e só depois o universo físico. Os anjos foram criados antes (Jó.38:4-7).

7ª) Aprendemos no primeiro versículo da Bíblia que Deus criou duas realidades distintas: a espiritual e a material.
Somente o homem é matéria e espírito, pois os anjos tão somente espíritos (Hb.1:14).
Passamos ao segundo versículo:
Diz o texto sagrado do segundo versículo deste livro: “E a terra era sem forma e vazia e havia trevas sobre a face do abismo e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas” (Gn.1:2).

1º) O presente texto suscita uma série de discussões. Entendem alguns que esta terra “informe” não teria sido objeto da criação original de Deus. Eles acham que, em virtude da rebelião de Satanás, teria ocorrido uma desordem em todo o universo, de modo que, em virtude desta desorganização, a Terra se tornou “informe”. Na sequência do texto de Gn.1:1 e Gn.1:2 falaria de uma recriação, de uma reorganização da criação física, motivada pela rebelião da terça parte dos anjos, chamada a teoria do intervalo. Deus transforma o caos em cosmos, a desordem em ordem, o vazio em abundância. Forma e vazia = heb. Tohu – bohu = caos.
Deus não criou a Terra para ser vazia, mas sim, para ser habitada (Is. 45:18). Esta criação original poderia ter sido aquele Éden, jardim de Deus, composto de um reino mineral todo glorioso (Ez. 28:12-16). Satanás , o “querubim da guarda ungido” andava no brilho das pedras. Este seria parecido com o paraíso de Ap. 21 e 22, em que vemos um novo céu e uma nova terra. A descrição do Éden de Ez. 28:13 é diferente do Éden, lar de Adão (Gn.2:8-15), mas o nome é o mesmo. Portanto, podemos concluir que o primeiro Éden pertencia a uma criação diferente, mas a terra é a mesma. Foi desse lugar, dessa posição exaltada que Satanás ocupava, que este aspirou ser igual a Deus (Is. 14:12-14). Ocasião em que a ira de Deus contra este anjo, reduziu a terra em caos absoluto, submergida em águas, registrado em Gn.1:2 e I Tm.3:6). A terra teria se tornada inabitável. Satanás e suas hostes ficaram sem morada certa. Este fato serve para explicar porque ele retornou ao Éden, seu antigo lar, procurando a expulsão dos novos donos, que eram Adão e Eva. Pela mesma razão, tem inimizade com a raça humana até hoje.
Outra versão fala que a terra teria sido construída informe e depois Deus a teria dado forma.
A terra sem forma e vazia indica aparência visual, sem vida. Forma = grego eidos – sem aparência visual.

II – O PRIMEIRO E O SEGUNDO DIAS DA CRIAÇÃO

1º) Não foi fruto do acaso, nem um acidente, mas o resultado da intenção de um Ser inteligente, eterno, que quis que todas as coisas fossem criadas. Esse Ser é Deus.
Não adianta o ateísmo está fincado raízes no ambiente científico sem qualquer respaldo ou comprovação de que tudo se organizou a partir de um simples acidente. Eles insistem em não admitir a existência de seu Criador (Sl.14:1; 53:1), revelando tão somente a cegueira espiritual em que se encontra o homem corrompido pelo pecado.
2º) Em meio ao “caos”, o Espírito de Deus Se movia sobre a face das águas. Aqui já se via a atuação criadora do Espírito Santo. Estava tudo em pleno controle. Deus jamais perde o controle de todas as coisas, está acima de tudo o que existe.
3º) Haja luz (Gn.1:3). A primeira coisa a ser criada foi a “luz”, não a luz do Sol, já que o Sol somente foi criado no quarto dia (Gn.1:14), mas a “luz cósmica”, esta mesma luz que o físico Albert Einstein, em sua teoria da relatividade, mostrou ser a única constante em todo o Universo. A teoria do “Big Bang”.
A separação entre “luz” e “trevas”, o que também hoje se verifica comprovado pela ciência, que fala dos chamados “buracos negros”, que são regiões do espaço que a luz não chega, pois bem se vê  que ao que a

Bíblia chama de dia e noite como conseqüência da criação da luz, não são os dias e noites que temos em nosso planeta, mas esta realidade existente até hoje em nosso universo.
Dia é aion – período de tempo considerável a uma era, ou um estado de coisas que marque uma época distinta, ou seja, espaço, tempo, época ou período.
A palavra "dia" nas Escrituras muitas vezes significa um período de tempo de duração indefinida, como em Sl. 95:8; Jo. 8:56; II Co. 6:2; e II Pe. 3:8.
4º) O segundo dia – expansão céus. Devemos notar que o céu já existia desde o início. O que se deu no segundo dia, foi um aparecimento e não uma criação. Havia águas suspensas no espaço que não permitiam que o céu fosse visto. Um espesso nevoeiro cobria toda a terra, dificilmente deixava transparecer a luz. Ou seja, criou um, ou como bem diz o texto a expansão entre o firmamento e a Terra ( o lugar onde correm as nuvens, voam os pássaros, aviões, etc.
5º) Terceiro dia – Mares, terra, vegetação (Gn.1:9-13)
Um imenso mar cobria toda a Terra, com os abalos sísmicos, ou seja, terremotos, levantariam uma certa extensão da Terra e abaixariam outra, dando lugar a elevação de montanhas e abaixamento de vales – a porção seca = terra, onde havia as águas = mares.
A palavra hebraica traduzida erva, na tradução, têm-se relva.Na tradução brasileira, a ciência confirma que antes da vida animal, existiu a vida vegetal.
6º) Quarto dia – O Sol e a Lua. No quarto dia fez aparecer o Sol e a Lua. Não os criou. O texto diz: “Haja” e não os criou.

A função destes dois astros foram:
1) Governar o dia e a noite.
2) As estações do ano.

7º) Quinto dia – Animais aquáticos e pássaros. Deus criou primeiro os répteis, em seguida as aves, depois os monstros marinhos. Além de todas as formas de vida, receberam a ordem de se reproduzir conforme sua

8º) Sexto dia – Os animais da terra e o homem. Tanto os animais terrestres como os marinhos, são chamados de alma vivente. O homem foi feito alma vivente com o sopro divino em seu nariz. Façamos o homem conforme a nossa imagem, conforme a nossa semelhança. Para com nenhuma outra criação, Deus usou linguagem tão expressiva, o que bem mostra a superioridade do homem sobre os demais seres criados. Foi um ato especial.

CONCLUSÃO
Deus não somente criou, mas está presente em tudo o que Ele criou, zelando e protegendo. Em especial, o homem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bíblia Online.
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de Estudo – Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo Plenitude.
Dicionário online de Português.
Dicionário da Bíblia, Teologia e Filosofia – R.N. CHAMPLIN.
Dicionário wycliffe.
Comentário Bíblico do Antigo Testamento - Matthew Henry.
Comentário Bíblico popular (Antigo Testamento) - William Macdonald.
Pequena Enciclopédia Bíblica – Orlando Boyer – IBAD.
Lições Bíblicas CPAD – 4º Trimestre – 2015.
Revista Ensinador Cristão – nº 64 – CPAD.
O Começo de Todas as Coisas. Claudionor de Andrade – CPAD.
O plano divino através dos séculos. Lawrence Olson – CPAD.
Portal EBD – Dr. Caramuru Afonso Francisco.
                   Ev. Luiz Henrique de A. Silva.
Consultas a sites de Estudos Bíblicos.



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