4º Trim. 2015 – LIÇÃO Nº 8 – O INÍCIO DO
GOVERNO HUMANO
O COMEÇO DE TODAS AS COISAS – Estudos
sobre o livro de
Gênesis
INTRODUÇÃO
Na sequência do livro do Gênesis, analisaremos hoje
o estudo da primeira parte do capítulo 9, quando se institui a dispensação do
governo humano.
No recomeço da humanidade, Deus entregou ao homem a
administração da justiça.
I – O PACTO NOAICO
Deus
havia destruído a humanidade com o dilúvio, mas havia poupado Noé e sua
família, porque ele havia sido achado justo aos olhos do Senhor (Gn.7:1).
Quando
o Senhor autorizou Noé e sua família a sair da arca, mais de um ano depois do
início do dilúvio, Noé tomou a iniciativa de adorar a Deus, sacrificando
animais limpos em gratidão pelo livramento de que fora alvo (Gn.8:20). É a primeira menção
de sacrifício de adoração desde os dias de Caim. Assim, entende-se que esta
prática foi perpetuada pela linhagem das pessoas de fé. Por causa desta
iniciativa, o Senhor tomou a deliberação de nunca mais destruir a Terra com um
dilúvio, tendo, então, Noé se tornado uma bênção para toda a humanidade (Gn.8:21,22).
Antes do dilúvio,
Deus já havia dito que estabeleceria um pacto entre Deus e ele (Gn.6:18).
Deus sempre dá o
primeiro passo em direção ao homem pecador, tendo por objetivo o
restabelecimento da sua comunhão e salvação.
Ao mesmo tempo que
Deus destruiria aquela geração rebelde antediluviana, faz um pacto com Noé,
mantendo de pé a promessa da redenção feita ao primeiro casal, também indicando
que se mudaria a dispensação, tratando o homem de
um outro modo, forma, outra maneira.
OBS: Deus promete que
este juízo esmagador não se repetiria, não até o juízo final (II Pedro 2:4-9).
Segundo Cyrus Scofield (1843-1921)
conceitua dispensação como “um período de
tempo durante o qual o homem é provado quanto à obediência a alguma revelação
específica da vontade de Deus”. “cada dispensação pode ser considerada uma nova prova do homem natural, e
cada uma termina em juízo, evidenciando o completo fracasso do ser humano.”
A dispensação, portanto, é uma
forma de Deus administrar o Seu plano de salvação para a humanidade.
Observamos, portanto,
que, mesmo mudando de dispensação o propósito de Deus
é o mesmo, o de frutificação, multiplicação e enchimento da Terra. Deus não
muda e nele não há variação de mudança (Ml.3:6; Tg.1:17).
OBS: Não podemos, de
modo algum, querer “contextualizar” a Palavra de Deus, no sentido de entender
que devam as Escrituras Sagradas adquirir novos significados e novos parâmetros
por causa da “mudança dos tempos”. A Palavra de Deus não se altera por causa da
passagem do tempo, pois ela permanece para sempre (I Pe.1:25).
Noé tinha o encargo de repovoar a terra, juntamente com a sua família, portanto, deveria atender a todos os propósitos divinos, que permaneciam os mesmos.
Deus não muda, isto
não ocorre com o homem. Noé agora estava numa terra diferente, que, por causa
do dilúvio, sofreu muitas alterações.
1º) Haveria
diversidade de climas, como também as estações do ano, já que a camada de águas que havia na
atmosfera não mais existia, derramada que havia sido perante a superfície da
Terra (Gn.8:22).
2º) Todos os animais
teriam pavor e temor em relação ao homem, pois este permanecia tendo domínio
sobre a criação terrena (Gn.9:2).
OBS: Tem-se aqui um
distanciamento entre o homem e a natureza, conseqüência da intensificação do
pecado.
3º) Além do pavor e
temor, Deus, também, passava a autorizar o consumo de carne. O homem e outros
animais (e até alguns vegetais) deixavam de ser herbívoros, para serem
carnívoros e onívoros (Gn.9:3,4). No entanto,
nesta modificação de dieta, o Senhor proibiu o consumo de sangue, onde estava a
“vida” dos animais. O que se demonstrou posteriormente pela ciência, que
mostra ser o sangue
que leva o oxigênio e os nutrientes a todo o corpo, possibilitando a vida.
Obs: Esta proibição de
ingestão de sangue nada tem que ver com a consideração do sangue como “alma” do
corpo, como ensinam equivocadamente as Testemunhas de Jeová. A alma do homem é
imaterial e, portanto, não se confunde com o sangue. A vedação diz respeito à
alimentação e não transfusão de sangue. Porque tudo que representa a manutenção
da vida é algo que deva ser prestigiado e defendido pelos servos do Senhor.
Além
disto, a proibição do consumo do sangue era um indicador de como se daria a
redenção da humanidade, pelo derramamento do sangue inocente da “semente da
mulher”, que daria a sua vida pelo homem.
4º) O Senhor Se
apresenta como o dono da vida, dizendo que o ser humano jamais poderia derramar
o sangue de outro ser humano (Gn.9:6),
ou seja, o Senhor toma para Si a aplicação da morte. Deus dá mais valor ao ser
humano, do que qualquer outra criatura viva, porque o ser humano possui a
imagem de Deus. A vida é algo dado pelo próprio Senhor (I Sm.2:6).
5º) Deus, ao excluir
a vida do domínio humano, estava pondo os limites daquilo que viria a ser o
“governo humano”.
6º) A frutificação
tem a ver com o estabelecimento de uma comunhão com Deus, com a construção de
uma vida agradável a Deus. Trata-se de produção do fruto do Espírito (Gl.5:22), de frutos de
justiça (Fp.1:11).
7º) A multiplicação
tem a ver com a reprodução, com o repovoar da Terra. Deus quer que as famílias
tenham filhos.
OBS: Cuidado com a
mentalidade de controle da natalidade, que tem raízes no “espírito do
anticristo”.
O “pacto noaico” é chamado pelos
doutores da lei judeus de “os sete preceitos dos descendentes de Noé”, onde
estariam as bases e os parâmetros estabelecidos por Deus a toda a humanidade,
as bases da ética e da moralidade. Tanto assim é que, quando do concílio de
Jerusalém, tais preceitos foram reafirmados e ditos que deveriam ser seguidos
por todos os cristãos (At.15:28,29).
Este
pacto, segundo estes doutores da lei, continham as mesmas disposições que Deus
havia dado ao primeiro casal no Éden, com a inclusão da proibição do consumo de
carne, a nos mostrar,
uma vez mais, a
imutabilidade da Palavra de Deus.
OBS: Ler o comentário
escrito.
Ao
delegar a administração da justiça ao homem, o Senhor mostra toda a Sua
misericórdia e graça, abstendo-se de destruir toda a carne sobre a face da
Terra, abrindo um tempo para que o homem tivesse a oportunidade de servir a
Deus. A partir deste pacto, Deus somente atuaria pontualmente, quando a Sua
longanimidade chega ao limite. Portanto, nesta última hora, devemos, sim,
obedecer as autoridades, interceder diante de Deus por elas (I Tm. 2:1-3), porém
jamais compactuar com medidas delas provenientes que afrontem a Palavra de
Deus, que contrariem os princípios bíblicos, devendo neste caso, manter nossa
obediência ao Senhor.
II –
O SINAL DO PACTO NOAICO
Deus não iria falar
com o homem apenas através da consciência, mas que se incluíam agora elementos
objetivos, situados fora do ser humano. Foi dado um sinal cósmico para este
pacto, a saber, o arco-íris, “o arco do Senhor posto na nuvem” (Gn.9:13). Para que o
homem pudesse lembrar do que Deus havia prometido, que nunca mais destruiria a
Terra com água.
O que é o arco-íris?
Também chamado
arco-celeste, arco-da-aliança, arco-da-chuva, arco-da-velha) é um fenômeno
óptico e meteorológico que separa a luz do sol em seu espectro contínuo quando
o sol brilha sobre gotas de chuva. É um arco multicolorido com o vermelho no
seu exterior e o violeta em seu interior; a ordem completa é vermelho, laranja,
amarelo, verde, azul,
anil e violeta”.
Vemos, pela própria definição científica do arco-íris, que ele somente foi possível depois do dilúvio, vez que se trata de um fenômeno óptico e meteorológico que separa a luz do sol das gotas de chuva, ou seja, algo somente possível depois da modificação relativa ao ciclo da água ocasionado pelo dilúvio, com a extinção da camada de águas que havia na parte superior da atmosfera e que mantinha a Terra sob uma uniformidade climática.
Vemos, pela própria definição científica do arco-íris, que ele somente foi possível depois do dilúvio, vez que se trata de um fenômeno óptico e meteorológico que separa a luz do sol das gotas de chuva, ou seja, algo somente possível depois da modificação relativa ao ciclo da água ocasionado pelo dilúvio, com a extinção da camada de águas que havia na parte superior da atmosfera e que mantinha a Terra sob uma uniformidade climática.
CONCLUSÃO
Deus não estaria a
consentir com o pecado, mas estaria a dar uma oportunidade de salvação ao
pecador. Tanto, que não toleraria o pecado, determinando ao homem que
elaborasse um sistema de administração da justiça, criando leis que levassem os
homens, na sua convivência com o próximo a obedecer aos preceitos estabelecidos
pelo próprio Deus.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bíblia Online.
Bíblia de Estudo
Pentecostal.
Bíblia de Estudo – Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo
Plenitude.
Dicionário online de
Português.
Dicionário da Bíblia, Teologia e
Filosofia – R.N.
CHAMPLIN.
Dicionário wycliffe.
Comentário
Bíblico Através da Bíblia (Gênesis)
- Itamir Neves de Souza; John Vernon McGee.
Comentário
Bíblico popular (Antigo Testamento) - William Macdonald.
Pequena Enciclopédia Bíblica –
Orlando Boyer – IBAD.
Lições Bíblicas CPAD – 4º Trimestre – 2015.
Revista Ensinador Cristão – nº 64 – CPAD.
O Começo de Todas as Coisas.
Claudionor de Andrade – CPAD.
Portal
EBD – Dr. Caramuru Afonso Francisco.
Consultas a sites de Estudos Bíblicos.
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