4º TRIM. 2015 – LIÇÃO Nº 7 – A FAMÍLIA QUE SOBREVIVEU AO DILÚVIO
O Começo de Todas as Coisas – Estudos sobre o livro de Gênesis
INTRODUÇÃO
Continuando os estudos sobre o
livro de Gênesis, abordaremos na aula de hoje sobre o dilúvio, o juízo de Deus sobre
a humanidade, pondo fim à dispensação da consciência e poupando como sempre
seus servos fiéis.
I – O AVISO DO DILÚVIO
Como vimos na lição anterior, o
mundo se encontrava totalmente perdido, influenciado pela mentalidade da
civilização caimita. O mundo decidira dar as costas para Deus, viver como se
Ele não existisse, vivendo no pecado sem qualquer atenção à Sua Palavra, mesmo
diante das profecias de Enoque e do sinal de sua trasladação (Jd.1:14,15).
Neste ponto, temos dois fatores que
ocasionaram a iniquidade do mundo antigo:
1) O crescimento da
raça humana (Gn. 6:1).
Conforme o homem foi se multilplicando, como em (Gn. 1:28),
com ele também multiplicaram-se as transgressões (Pv.29:16).
2) Casamentos mistos
(Gn. 6:2).
A linhagem de Sete, inicialmente piedosa, misturou-se com a
civilização caimita e adotaram todas as práticas pecaminosas destes. O texto
sagrado diz que os descendentes de Sete se encantaram com a beleza das filhas
dos caimitas e tomaram para si tantas mulheres quantas escolheram (Gn.6:2).
Como foi
esta escolha?
a) Apenas pela aparência.
b) Seguiram as suas próprias
escolhas, prendendo-se a um jugo desigual com pessoas desconhecidas (infiéis) –
II Co. 6:14).
c)
Desconsideraram o casamento como fizera Lameque (Gn.4:19).
A primeira vítima desta degeneração moral foi a família, que continua sendo o alvo predileto do inimigo.
A primeira vítima desta degeneração moral foi a família, que continua sendo o alvo predileto do inimigo.
OBS: A
família é uma instituição divina e é a base da sociedade.
Quando se destrói a família, são
destruídos os seus integrantes, a igreja, pois ela é composta de famílias e é
destruída a própria sociedade, porque a família é a sua “célula mater”
(primeira sociedade da qual o indivíduo faz parte).
Esta característica dos “dias de
Noé”, que são os dias que estamos estudando, foi observada pelo Senhor Jesus,
afirmando que, naqueles dias, as pessoas “casavam-se e davam-se em casamento”
(Lc. 17:26,27; Mt. 24:38), a mostrar como o casamento, elemento fundante da
família, era completamente desconsiderado e desprezado naqueles dias.
O Senhor também não deixou de
ressaltar outra característica da geração antediluviana, dizendo que eles
“comiam e bebiam” (Mt.24:38; Lc.17:27), num verdadeiro culto ao prazer, à
satisfação dos desejos terrenos, numa total desconsideração com respeito à
eternidade.
Atualmente, não tem sido diferente.
O hedonismo, ou seja, a doutrina que entende ser o prazer o bem supremo, é um
assunto principal em nossos dias. As pessoas, descrentes de que haja uma vida
além desta peregrinação terrena, querem “aproveitar”, “desfrutar do que está
aqui”, pouco se importando em obedecer à Palavra de Deus.
Por viverem debaixo da
pecaminosidade, a geração antediluviana passaram a viver violentamente
(Gn.6:11), pois passou-se a dar fama aos “valentes” (Gn.6:4), a valorizar o uso
da força, em mais uma influência da civilização caimita, onde a violência havia
se banalizado (Gn.4:23).
Diante deste quadro, houve uma multiplicação
do pecado, a ponto da imaginação dos homens ser má continuamente (Gn.6:5),
chegando a corrupção a tal ponto (Gn.6:12), que se chegou ao limite da
longanimidade divina, que, por isso, resolveu destruir a humanidade (Gn.6:6,7).
1.1. O Arrependimento de Deus.
Muitos se perguntam porque as Escrituras afirmam que “Deus
Se arrependeu de ter feito o homem sobre a terra” (Gn.6:6), se Deus não muda
(Ml.3:6; Tg.1:17) e, por isso mesmo, não seria capaz de Se arrepender (Nm.23:19;
I Sm.15:29)?
a) Conceito
Segundo o dicionário online da Língua Portuguesa, arrependimento é remorso ou mágoa por
se ter cometido um mal; contrição: era o arrependimento por ter cometido aquele
crime que o atormentava.
Ação de mudar de opinião ou de comportamento em relação ao que já aconteceu: Ex: o arrependimento de não ter viajado.
Ação de mudar de opinião ou de comportamento em relação ao que já aconteceu: Ex: o arrependimento de não ter viajado.
A palavra hebraica “Na·hhám” ou “naham” (arrepender-se) significa
literalmente:
·
Arrependimento – mudança de posição. Mudança de
mentalidade.
O verbo no hebraico que traduziu “arrepender” pode também
ser traduzido como “entristeceu”. Que seria o mais correto para o assunto que
estamos estudando.
Na
linguagem bíblica nada mais é que uma mudança de atitude (modo de agir) - (não
de planos) devido a um contristamento, desgosto ou misericórdia.
Como o hebraico (língua original do Antigo Testamento) é
pobre em termos abstratos (expressões, idéias), por isso a palavra mais próxima
para expressar esse sentimento foi “arrepender-se”. Contudo o significado não é
literalmente o mesmo que essa palavra tem em nosso idioma, como já vimos. Foi
usada, então, uma figura de Linguagem antropopática – atribuição
de sentimentos humanos a algum ser que não é humano (dicionário Michaellis).
Outras passagens onde aparece a linguagem
antropopática: (Jr.18:7-10;
Jn.3:9,10).
Portanto, Deus pelo seu conhecimento infinito não se
arrepende porque o seu entendimento é imensurável (não se pode medir) –
Sl.147:5. O conhecimento de Deus ultrapassa o presente, vai até o futuro, como
também tem conhecimento do passado. O homem se arrepende porque não possui o
atributo que chamamos de onisciência (saber, conhecimento de tudo) –
Rm.11:33-35).
Deus tem acesso a todas as informações antes mesmo que elas
existam. Então, os julgamentos que Deus realiza são sábios e conhecedores antes
da existência.
Deus pelo seu conhecimento não pode se arrepender, pois o arrependimento é um ato humano, vem de não ter conhecimento do que poderia acontecer. O resultado de um ato só traz arrependimento para quem não o conhece anteriormente.
Ex: O ser humano se arrepende porque não conhecia o que iria acontecer após realizar tal ato.
Deus pelo seu conhecimento não pode se arrepender, pois o arrependimento é um ato humano, vem de não ter conhecimento do que poderia acontecer. O resultado de um ato só traz arrependimento para quem não o conhece anteriormente.
Ex: O ser humano se arrepende porque não conhecia o que iria acontecer após realizar tal ato.
Resumindo:
A diferença entre o arrependimento do homem e o
“arrependimento” de Deus é que o homem geralmente se arrepende por ter cometido
um erro, mas Deus não comete erros. Quando a bíblia diz que “Deus se
arrependeu”, o que ela quer dizer é que Deus tomou uma atitude de juízo ou
misericórdia mediante o erro ou o arrependimento do ser humano.
Deus, por outro lado, muda sua atitude de acordo com o que
observa no comportamento humano, e a palavra “arrependimento” nunca está
relacionada com um erro por parte Dele.
Diante de determinada situação, Deus pode sentir extremo
desgosto e resolver castigar, ou sentir compaixão e resolver anular o castigo.
Ele age e reage de acordo com a sua justiça e santidade.
atitude
de juízo. Foi exatamente isso o que aconteceu no episódio do dilúvio. Por causa
do trágico pecado da raça humana, Deus mudou a sua disposição para com as
pessoas; sua atitude de misericórdia e de longaminidade, passou à atitude de
juízo, e Ele enviou o dilúvio.
II – NOÉ E SEU
CARÁTER
Ao contrário dos demais homens, Noé
era um varão justo e reto em suas gerações (Gn.6:9) e, por isso, achou graça
aos olhos do Senhor (Gn.6:8).
· “Justo”, no texto original, é
“tsadiq” (צדיק), que a Bíblia de Estudo Palavra Chave diz ser aquele que “ …é
considerado justo ou reto em virtude da conformidade com determinado padrão (…)
estava de acordo com o padrão de Deus…” (Dicionário do Antigo Testamento,
n.6662, p.1882).
Ser justo é viver de acordo com o padrão
estabelecido por Deus, é viver em função de Deus, querendo realizar a vontade
divina, ser um instrumento do querer divino neste mundo. Noé queria fazer a
vontade do Senhor e, por isso, “achou graça aos Seus olhos”.
· “Reto”, no texto original, é
“tāmim” (תמים) que a Bíblia de Estudo Palavra Chave diz ser aquele que está
associado “…à verdade, virtude, retidão justiça…” (Dicionário do Antigo
Testamento, n.8549, p.2006), que bem se relaciona com Deus e com o próximo.
Ser
reto é ter comunhão com Deus e com o próximo, o que somente é possível mediante
o amor e todas as suas consequências, querendo bem ao Senhor e ao próximo,
buscando, em seus relacionamentos, reproduzir os parâmetros e diretrizes
decretados por Deus na sua conduta, no seu comportamento.
Em meio a tantos pecados, a tanta
corrupção, Noé apresentava-se como “filho de Deus inculpável no meio duma
geração corrompida e perversa, entre os quais, resplandecia como astro no
mundo” (Fp.2:15). Diante de tal conduta, que já durava quinhentos anos, Noé é
avisado por Deus da iminente destruição que haveria sobre a face da Terra.
Confirmando e complementando a profecia de Enoque, o Senhor diz a Noé que viria
o dilúvio sobre a terra e deveria ele, então, construir uma arca para ser livre
daquele juízo, assim como a sua família (Gn.6:13,14).
Noé cuidava da sua família e
impedia que seu lar caísse no pecado. Seus filhos eram casados com uma só
mulher, a provar que, na família de Noé, não se havia adotado o desprestígio do
casamento nem a imoralidade reinante em todo o mundo.
III – A ARCA E SUA ESTRUTURA
Deus mandou que Noé construísse uma
arca de madeira de Gofer, fazendo nela compartimentos e a betumando por dentro
e por fora. A arca deveria ter trezentos côvados de comprimento, cinquenta
côvados de largura e trinta côvados de altura, ter uma janela, situada um
côvado antes do topo da arca, tendo ao lado uma porta, com três andares no seu
interior (Gn.6:13-16). Esta arca seria o refúgio para Noé e sua família, assim
como parte da criação terrena.
Análise de sua estrutura:
1) O Construtor (Deus escolheu Noé para a criação daquilo que seria o
meio de sua preservação).
Assim foi para testar a sua fé,
obediência, quanto para nos ensinar que seremos salvos por Cristo se trabalharmos
por nossa própria salvação. Nós não podemos fazer isso sem Deus, e Ele não o
pode fazer sem nós.
2) A arca deveria ser construída de madeira de Gofer.
Noé sabia qual era esse tipo de
madeira, embora nós não saibamos.
A construção da arca de madeira nos
mostra que, para escapar da ira divina, devemos nos edificar espiritualmente,
seguir o “modelo divino”, que é instituído pela Sua Palavra. Sem a
santificação, não veremos o Senhor (Hb.12:14), e, para nos santificar, devemos
atender à Sua Palavra (Jo.17:17).
A Palavra salva aqueles que nela
creem, mas, também, condena todos quantos a recusam (Jo.12:48; Hb.11:7).
3) A arca deveria ser betumada por dentro e por fora.
O betume, como se vê no Dicionário
Houaiss da Língua Portuguesa, é a “mistura, escura e viscosa, de
hidrocarbonetos (carbono e hidrogênio) pesados com outros compostos oxigenados,
nitrogenados e sulfurados; usado como impermeabilizante, na pavimentação de
estradas, na fabricação de borrachas, tintas etc.; asfalto.
Era, portanto, uma cobertura que
deveria ser feita (por fora) para escoar a chuva, impedindo a entrada da água
no interior da embarcação. (Por dentro) para diminuir o mau cheiro dos animais,
quando mantidos em recinto fechado.
É interessante verificar que,
primeiro, se mandou revestir o betume por dentro, a nos indicar que, antes de
mais nada, devemos ser revestidos do Espírito Santo no interior de nosso ser,
em nosso espírito e alma, pois a santificação deve se dar de dentro para fora
(I Ts.5:23).
4) A arca tinha somente uma janela e perto do seu topo.
Para entrar a luz. A indicar que o
único contato com quem Noé deveria ter, durante o dilúvio, seria com Deus, a
nos indicar que, para nos livrarmos da ira futura, temos de guardar contato com
Deus, buscarmos as coisas que são de cima (Cl.3:1-3).
5) A arca também era organizada, em andares.
Onde seriam abrigados os animais
conforme a sua espécie, ficando Noé e sua família no andar superior, em mais
uma demonstração de que o ser humano era um ser especial e distinto dos demais.
A ordem, instituída por Deus, mostra-nos que, na igreja, devemos sempre
observar os princípios bíblicos, organizar a Igreja da forma determinada pelo
Senhor, que é a cabeça da Igreja (Ef.1:22; 5:23).
6) A arca não tinha um leme.
Porque quem guiaria a arca seria o
Senhor. O piloto da arca era o próprio Deus. A Igreja é guiada pelo Senhor, que
é a Sua cabeça e o Espírito Santo é quem guia os servos do Senhor em toda a
verdade (Jo.16:13).
Deus anuncia a Noé que mandaria um
dilúvio sobre a Terra, desfazendo toda carne em que havia espírito de vida
debaixo dos céus, fazendo expirar tudo quanto havia na Terra, mas, com Noé estabeleceria
um pacto (Gn.6:17,18). Noé, pela sua obediência, seria o portador do
compromisso divino de restabelecer a comunhão com a humanidade, de salvá-la do
pecado.
Noé, ao receber esta mensagem,
tomou duas iniciativas: obedeceu ao Senhor, construindo a arca, como também
pregou ao povo antediluviano, alertando-os da proximidade do juízo divino que
já havia sido profetizado por Enoque.
A mensagem dada por Noé era
completamente improvável aos olhos humanos. Noé dizia que Deus faria chover
sobre a face da Terra e toda a carne em que houvesse espírito de vida se
desfaria e que somente os que entrassem na arca se salvariam. Não é diferente
em nossos dias. Quando dizemos que Jesus voltará para arrebatar a Sua Igreja,
que os mortos em Cristo ressuscitarão e os que estiverem vivos serão
transformados num abrir e fechar de olhos, deixando esta Terra, muitos acham
que isto é fantasia, mito, algo que jamais aconteceu antes e que, portanto, não
acontecerá. No entanto, assim como choveu sobre a Terra, o dilúvio ocorreu e
toda aquela geração incrédula pereceu, de igual modo, o Senhor Jesus arrebatará
a Igreja e os que não crerem sofrerão todos os juízos que estão previstos na
Bíblia Sagrada.
IV – O DILÚVIO
Durante o tempo de construção da arca, Noé pregou a respeito da justiça de Deus, conclamando o povo para o arrependimento de seus pecados. Entretanto, os homens só se preocupavam em comer, beber, casar-se e dar-se em casamento.
Chegou o momento do juízo.
Construída a arca, determinou o Senhor que Noé e sua família nela entrassem,
família constituída pela mulher de Noé, pelos seus três filhos (Cão, Sem e
Jafé), cada um com suas respectivas mulheres. Tanto Noé quanto seus filhos eram
monogâmicos, tinham uma família constituída segundo os parâmetros divinos.
Para que não tivesse dificuldade em
reuni-los, os animais vieram até Noé (Gn.6:20), e todos entraram na arca, sete
pares dos animais limpos e um par dos animais imundos. Noé cumpriu integralmente
o que Deus lhe mandou e, quando entrou na arca, depois que os animais foram ali
devidamente abrigados, as Escrituras dizem que o Senhor fechou por fora a porta
(Gn.7:1-16). Isto, para que Noé não a abrisse, quando, iniciada a chuva e o
povo viesse pedir para entrar.
Noé entrou na arca e ali ficou por
sete dias sem que houvesse chuva (Gn.7:10), até que as águas do dilúvio vieram
sobre a face da Terra, aos dezessete dias do mês segundo, do ano seiscentos da
vida de Noé, durante quarenta dias e quarenta noites (Gn.7:11,12).
A inundação foi total. As águas
cresceram e prevaleceram sobre toda a Terra, sendo cobertos todos os montes
(Gn.7:19). Esta expressão mostra, claramente, que o dilúvio foi total, abrangeu
toda a Terra e não um “dilúvio parcial”, como defendem alguns. Não confundamos
o dilúvio com as enchentes, nem com os tsunamis. O dilúvio foi total, desfazendo
toda substância que havia sobre a face da Terra (Gn.7:23). Um outro argumento é
que Deus prometeu nunca mais destruir a Terra com água (Gn.8:21), e, se o
dilúvio tivesse sido parcial, ante as enchentes e tsunamis que temos
presenciado, veríamos uma “quebra de promessa” por parte de Deus, o que,
evidentemente, é um absurdo, pois Deus é fiel (I Co.1:9).
O dilúvio difere de toda e qualquer
chuva que tenha ocorrido antes ou depois deste evento. As Escrituras dizem que as
águas de cima foram derramadas sobre a Terra (Gn.7:11), como também vieram as
águas do abismo, ou seja, águas subterrâneas também vieram para a superfície,
causando esta inundação total da parte seca do planeta.
Este cataclismo (Catástrofe
ambiental de grandes proporções; dilúvio.
Grande alteração que muda a organização de uma sociedade.
Tragédia; transformação intensa na vida de uma pessoa.
Geologia. Grandes modificações, ou alterações, na crosta terrestre), fez com que se desfizesse a estrutura até então da atmosfera terrestre, que permitia que o vapor caísse diariamente sobre a superfície (Gn.2:6) e mantivesse uma mesma temperatura em todo o planeta, uma circunstância que, inclusive, permitia que os homens tivessem a longevidade demonstrada entre os descendentes de Sete, ainda que a expectativa de vida tivesse se reduzido para cento e vinte anos a partir do momento da mistura entre as linhagens de Sete e de Caim (Gn.6:3), o que decorreu do aumento da imoralidade sexual e da violência.
Esta
circunstância explica porque, depois do dilúvio, passaram a ocorrer as estações
do ano ( Gn.8:22), com as mudanças de clima e de temperatura, circunstâncias
até hoje existentes e que servem para uma grande diminuição da vida humana.Grande alteração que muda a organização de uma sociedade.
Tragédia; transformação intensa na vida de uma pessoa.
Geologia. Grandes modificações, ou alterações, na crosta terrestre), fez com que se desfizesse a estrutura até então da atmosfera terrestre, que permitia que o vapor caísse diariamente sobre a superfície (Gn.2:6) e mantivesse uma mesma temperatura em todo o planeta, uma circunstância que, inclusive, permitia que os homens tivessem a longevidade demonstrada entre os descendentes de Sete, ainda que a expectativa de vida tivesse se reduzido para cento e vinte anos a partir do momento da mistura entre as linhagens de Sete e de Caim (Gn.6:3), o que decorreu do aumento da imoralidade sexual e da violência.
Depois de quarenta dias e quarenta
noites, tudo que tinha fôlego de espírito de vida em seus narizes, tudo o que
havia no seco morreu (Gn.7:22). Isto mostra, que a destruição não afetou os
animais e vegetais aquáticos, porque depois do dilúvio, brotaram novamente e
reviveram. Por isso, não havia este tipo de seres na arca.
Quanto mais chovia, mais a arca
subia. Depois de quarenta dias e quarenta noites, as águas ainda prevaleceram sobre
a Terra por cento e cinquenta dias (Gn.7:24).
Após ter sido desfeita toda carne,
é dito que o Senhor Se lembrou de Noé e de toda a criação que estava na arca e
mandou passar um vento sobre a Terra para que as águas se aquietassem (Gn.8:1).
Temos, novamente, uma expressão
“antropopática”. Deus não havia Se esquecido de Noé e da criação. Esta
expressão não quer dizer que Deus é “esquecido”, mas que, realizado o juízo, o
Senhor Se voltou para Noé e sua família e pelas criaturas que com ele estavam
na arca e iniciou o processo de restabelecimento da parte seca, para que a vida
prosseguisse na face da Terra.
No sétimo mês, no dia dezessete, cinco
meses após, quando se deu o término do período de cento e cinquenta dias, a
arca repousou sobre os montes de Arará (Gn.8:4). Isto mostra que o minguar das
águas do dilúvio tiveram início, tanto que a arca atracou sobre um monte, prova
de que ainda havia ainda muita água sobre a face da Terra. Ainda durou três
meses para aparecer os cumes dos montes (Gn.8:5).
Noé percebeu, naturalmente, que a
chuva cessou, mas somente depois de quarenta dias é que abriu a janela da arca.
Não poderia abrir a porta, pois havia sido fechada por Deus.
Noé soltou um corvo pela janela e como
não havia local para que pousasse, ele ia e voltava, dando a indicação a Noé de
que as águas ainda não haviam baixado sobre a Terra (Gn.8:7). Depois soltou uma
pomba (Gn.8:8). Por não ter encontrado repouso para a planta de seu pé, a pomba
retornou (Gn.8:9). Esperou Noé outros sete dias e soltou novamente a pomba e
ela trouxe uma folha de oliveira no seu bico, dando a entender a Noé que as
águas haviam minguado sobre a face da Terra. Esperou Noé outros sete dias,
soltou novamente a pomba, mas ela não mais voltou (Gn.8:10-12).
As águas somente secaram no dia
primeiro do mês primeiro, quase um ano depois do dilúvio. Então, Noé abriu a
cobertura da arca e pôde ver que a terra estava enxuta, algo que se deu
totalmente no segundo mês, ao vinte e sete dias (Gn.8:14), ou seja, um ano e
dez dias depois do início do dilúvio. Só, então, Deus mandou que Noé saísse da
arca, abrindo a porta. Noé e sua família saíram da arca, assim como todos os
animais e o primeiro gesto de Noé foi edificar um altar ao Senhor, fazendo um
sacrifício para agradecer pelo livramento.
Como resultado deste gesto de Noé, que
muito agradou ao Senhor (Gn.8:21), Deus abençoou a Terra, dizendo que não mais a
destruiria novamente com um dilúvio e que, a partir de então, haveria a
sequência das estações do ano, sem qualquer nova destruição com água. Noé, com
seu ato de adoração, tornou-se uma bênção para toda a Terra.
CONCLUSÃO
O Senhor quer que sejamos uma
benção: sal da terra e luz do mundo (Mt.5:13-16). Que façamos a diferença neste
mundo corrompido.
Noé havia obedecido a Deus e sido
poupado do juízo divino. O Senhor disse que, com ele, estabeleceria um pacto.
Um novo tempo se iniciava para a humanidade, a chamada dispensação do governo
humano e é sobre isto que falaremos na próxima lição.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bíblia Online.
Bíblia de Estudo
Pentecostal.
Bíblia de Estudo – Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo
Plenitude.
Dicionário online de
Português.
Dicionário da Bíblia, Teologia e
Filosofia – R.N.
CHAMPLIN.
Dicionário wycliffe.
Comentário
Bíblico Através da Bíblia (Gênesis)
- Itamir Neves de Souza; John Vernon McGee.
Comentário
Bíblico popular (Antigo Testamento) - William Macdonald.
Pequena Enciclopédia Bíblica –
Orlando Boyer – IBAD.
Lições Bíblicas CPAD – 4º Trimestre – 2015.
Revista Ensinador Cristão – nº 64 – CPAD.
O Começo de Todas as Coisas.
Claudionor de Andrade – CPAD.
Portal
EBD – Dr. Caramuru Afonso Francisco.
Consultas a sites de Estudos Bíblicos.
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