3º TRIM. 2015 – LIÇÃO Nº 7 – APROVADOS POR DEUS EM CRISTO JESUS
A Igreja e o seu Testemunho – As ordenanças de Cristo nas cartas pastorais
I – INTRODUÇÃO
Na sequência do estudo da Segunda
Epístola de Paulo a Timóteo, analisaremos hoje o segundo capítulo.
Quando
Paulo fica sabendo, talvez, por Onesíforo que
Timóteo estava desanimado, Paulo então, passa a dar instruções a seu amado
filho na fé, a fim de que ele pudesse seguir o bom caminho e não se intimidar
diante dos problemas internos (gnósticos) e externo (Nero) que estava passando
na liderança da igreja.
II –
PAULO PROSSEGUE
AS ORIENTAÇÕES A TIMÓTEO
a) Fortifica-te – grego
= “endunamoo” = fortificar,
revigorar, receber energia, adquirir forças.
Fortalecimento do homem interior, a fim de que o indivíduo esteja
qualificado para a luta externa.
Na graça = favor
imerecido.
Cristo Jesus
é a fonte originária da nossa força
espiritual. Essa força nos é dada através da comunhão com Cristo.
Confia-o – grego =
transmite, por defronte, entrega-a, confiar-a.
A medida que as
nossas provações aumentam, precisamos nos tornar mais fortes no que é bom
(nossa fé mais forte, nossa resolução mais forte, nosso amor a Deus e a Cristo
mais forte.
Timóteo deveria
permitir que a graça que há em Cristo Jesus, nele operasse de modo a que se
fortalecesse, retomasse o bom ânimo e prosseguisse seu ministério, apesar de
todas as dificuldades.
b) Timóteo deveria,
então, sem medo, pregar o Evangelho e confiar a Palavra de Deus a homens fiéis,
que fossem idôneos para também ensinarem a outros.
Homens fiéis – grego
= pistos = digno de
confiança, fiel; inspirador de confiança, homens espiritualmente qualificados.
Idôneos – grego = ikanos = adequado,
apropriado, apto, competente e suficiente.
c)
Comunhão que deve haver entre os salvos em Cristo e entre os salvos e seu
Senhor – é comunhão integral, envolvendo não só a
santidade e o desfrute das bençãos espirituais (Ef.
1:3), como também as aflições
sofridas pelo Senhor Jesus no seu ministério terreno.
Como bom soldado =
metáfora militar; preparado e treinado.
Cristo Jesus é o
capitão, aquele que nos dá a orientação. Devemos seguir as pisadas de Jesus (I Pe. 2:21), pois o bom
soldado de Cristo não pode se embaraçar com os negócios dessa vida, mas agradar
aquele que o alistou para a guerra (II Tm.
2:4). Além disso, pensar nas coisas de
cima (Cl. 3:1-3) e lutar contra as hostes espirituais da maldade (Ef. 6: 12,13).
d) Paulo fala a
Timóteo, que ele como um atleta, deveria se esforçar para terminar sua
carreira, completar a prova, afim de que pudesse alcançar o prêmio e se não
obedecer as normas estabelecidas, não recebe o louro do vencedor.
e) Além de soldado e/ou
atleta, Paulo diz a Timóteo que
ele
deveria ser, também,
um lavrador, pois o lavrador deve ser o primeiro a gozar dos frutos (II Tm.2:6).
Pode ser aplicado
incluindo a remuneração e o sustento, mas aqui se destaca o benefício espiritual, pois o ministro deve
primeiramente ter a comunhão com Deus para que, então, possa ministrar a
Palavra aos outros. Assim como o lavrador é o primeiro a gozar dos frutos que
plantou, o ministro deve ser o primeiro a ser alimentado pela Palavra de Deus,
a desfrutar da bênção da santificação, para que, então, possa ministrar aos
outros. Não é à toa que o escritor aos hebreus diz que a Palavra de Deus é uma
espada de dois fios: primeiro tem de cortar o ministrante, para só, então,
atingir os demais.
Trabalha – grego = kopiao = cansar-se,
trabalhar arduamente.
Labor exaustivo que
cansa o corpo. Sua raiz é kopus que quer dizer pancada, golpe.
Considera – grego = noeo = levar em conta,
meditar acerca de. Pois o Senhor está sempre pronto a nos dar a compreensão.
f) O ministro, para ser
o exemplo dos fiéis, precisa seguir o exemplo de Jesus. Se formos infiéis,
Jesus permanece fiel, pois não pode negar-Se a Si mesmo (II Tm.2:13).
Jesus jamais falta ao
compromisso assumido com os Seus discípulos, de estar com eles todos os dias
até a consumação dos séculos (Mt.28:20).
A ressurreição de Jesus é a garantia da nossa fé (I Co. 15: 13,14) e é a força
que impulsiona a sermos fiéis ao Senhor, sabendo que, se formos participantes
das aflições de Cristo, também seremos participantes da sua glória.
Perseverantes – grego
= apomeno =permanecer,
continuar, persistir e resistir.
III –
CONDUTA A SEGUIR COM AQUELES QUE SE AFASTAM DA SÃ DOUTRINA E DA PUREZA
CRISTÃ
1º) Paulo sofria como
malfeitor (criminoso), mas a Palavra de Deus não estava presa. Tudo ele
suportava por amor aos eleitos, para que também eles alcançassem a salvação.
2º) Cuidar de manejar bem a
palavra da verdade, apresentando-se a Deus como obreiro aprovado, que não
tivesse de se envergonhar (II Tm.2:15).
Um obreiro é aprovado
diante de Deus quando vive o que prega e ensina e sabe bem manusear a Palavra,
tem dela conhecimento, não só teórico, mas, também, prático.
Ex: Obreiros que
faltam a EBD.
Apresentar – spoudadzo = apressa-se, ser zelozo, ser urgente, fazer
todo o esforço.
3º) Evitar os falatórios
profanos, porque eles produzem maior impiedade. “…A palavra se refere às
disputas ímpias e inúteis sobre histórias genealógicas e fictícias e debates minuciosos
acerca das sutilezas da lei de Moisés (...)
Ex: Gnósticos.
Ensinavam que não haveria uma ressurreição, pois já era feita. Pervertendo,
assim, a fé de alguns. (Ressurreição espiritual e não corporal).
4º) Não tinha o que temer.
Ainda que alguns estavam a se desviar da fé, o fato é que “o fundamento de Deus
fica firme, tendo este selo: (II
Tm.2:19).
Quem profere o nome
de Cristo deve viver separado do pecado (Mt.
7).
5º) Paulo mostra a
Timóteo que, na igreja local, há vasos para honra, como vasos para desonra, há pessoas convertidas e
pessoas que ainda não se converteram ou que se desviaram da fé. Somente seremos
vasos para honra se tivermos uma vida de santificação, se nos esforçarmos para
nos aproximarmos cada dia mais de Deus.
6º) Timóteo, para bem
desempenhar esta tarefa, deveria fugir dos desejos da
mocidade”.
Impaciência, a
aversão a autoridade, o repúdio, a rotina, as convicções exageradas sobre
questões teológicas.
Desejos – grego =
paixões – grego – epithumia = desejos
desordenados, ilegítimos, geralmente de ordem sexual, ou seja, dar lugar a
carne.
O obreiro precisa ter
uma vida santa, precisa buscar as “coisas de cima”, não permitindo que a carne
sobre ele domine,
tendo comunhão com Deus e com os santos. Assim como Timóteo, o obreiro deve se
apresentar como trabalhador aprovado perante Deus, pois assim será um utensílio
útil para toda boa obra.
CONCLUSÃO
Um
obreiro aprovado deve evitar as contendas, os debates, apresentando sempre com
mansidão para com todos e até mesmo com os hereges. Estando apto para ensinar e
para suportar todas as contrariedades, fugindo sempre dos desejos da carne e
sendo um vaso de honra na casa de Deus.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Bíblia de Estudo
Pentecostal.
Dicionário de Bíblia, Teologia e
Filosofia – R.N.
CHAMPLIN.
Dicionário wycliffe.
Lições Bíblicas CPAD – 3º Trimestre – 2015.
Revista Ensinador
Cristão – nº 64 – CPAD.
As Ordenanças de Cristo nas Cartas
Pastorais. Elinaldo Renovato de Lima. CPAD.
Portal
EBD – Dr. Caramuru Afonso Francisco.
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