domingo, 23 de agosto de 2015

APROVADOS POR DEUS EM CRISTO JESUS

3º TRIM. 2015 – LIÇÃO Nº 7 – APROVADOS POR DEUS EM CRISTO JESUS

A Igreja e o seu Testemunho – As ordenanças de Cristo nas cartas pastorais

 

I – INTRODUÇÃO
Na sequência do estudo da Segunda Epístola de Paulo a Timóteo, analisaremos hoje o segundo capítulo.
Quando Paulo fica sabendo, talvez, por Onesíforo que Timóteo estava desanimado, Paulo então, passa a dar instruções a seu amado filho na fé, a fim de que ele pudesse seguir o bom caminho e não se intimidar diante dos problemas internos (gnósticos) e externo (Nero) que estava passando na liderança da igreja.
II – PAULO PROSSEGUE AS ORIENTAÇÕES A TIMÓTEO
a)   Fortifica-te – grego = “endunamoo” = fortificar, revigorar, receber energia, adquirir forças.
      Fortalecimento do homem interior, a fim de que o indivíduo esteja qualificado para a luta externa.
      Na graça = favor imerecido.
      Cristo Jesus é a fonte originária da nossa força       espiritual. Essa força nos é dada através da comunhão com Cristo.
Confia-o – grego = transmite, por defronte, entrega-a, confiar-a.
A medida que as nossas provações aumentam, precisamos nos tornar mais fortes no que é bom (nossa fé mais forte, nossa resolução mais forte, nosso amor a Deus e a Cristo mais forte.
Timóteo deveria permitir que a graça que há em Cristo Jesus, nele operasse de modo a que se fortalecesse, retomasse o bom ânimo e prosseguisse seu ministério, apesar de todas as dificuldades.

b) Timóteo deveria, então, sem medo, pregar o Evangelho e confiar a Palavra de Deus a homens fiéis, que fossem idôneos para também ensinarem a outros.
Homens fiéis – grego = pistos = digno de confiança, fiel; inspirador de confiança, homens espiritualmente qualificados.
Idôneos – grego = ikanos = adequado, apropriado, apto, competente e suficiente.

c) Comunhão que deve haver entre os salvos em Cristo e entre os salvos e seu Senhor – é comunhão integral, envolvendo não só a santidade e o desfrute das bençãos espirituais (Ef. 1:3), como também as aflições sofridas pelo Senhor Jesus no seu ministério terreno.
Como bom soldado = metáfora militar; preparado e treinado.
Cristo Jesus é o capitão, aquele que nos dá a orientação. Devemos seguir as pisadas de Jesus (I Pe. 2:21), pois o bom soldado de Cristo não pode se embaraçar com os negócios dessa vida, mas agradar aquele que o alistou para a guerra (II Tm. 2:4).  Além disso, pensar nas coisas de cima (Cl. 3:1-3) e lutar contra as hostes espirituais da maldade (Ef. 6: 12,13).
d) Paulo fala a Timóteo, que ele como um atleta, deveria se esforçar para terminar sua carreira, completar a prova, afim de que pudesse alcançar o prêmio e se não obedecer as normas estabelecidas, não recebe o louro do vencedor.
e) Além de soldado e/ou atleta, Paulo diz a Timóteo que ele
deveria ser, também, um lavrador, pois o lavrador deve ser o primeiro a gozar dos frutos (II Tm.2:6).
Pode ser aplicado incluindo a remuneração e o sustento, mas aqui se destaca o benefício espiritual, pois o ministro deve primeiramente ter a comunhão com Deus para que, então, possa ministrar a Palavra aos outros. Assim como o lavrador é o primeiro a gozar dos frutos que plantou, o ministro deve ser o primeiro a ser alimentado pela Palavra de Deus, a desfrutar da bênção da santificação, para que, então, possa ministrar aos outros. Não é à toa que o escritor aos hebreus diz que a Palavra de Deus é uma espada de dois fios: primeiro tem de cortar o ministrante, para só, então, atingir os demais.
Trabalha – grego = kopiao = cansar-se, trabalhar arduamente.
Labor exaustivo que cansa o corpo. Sua raiz é kopus que quer dizer pancada, golpe.
Considera – grego = noeo = levar em conta, meditar acerca de. Pois o Senhor está sempre pronto a nos dar a compreensão.

f) O ministro, para ser o exemplo dos fiéis, precisa seguir o exemplo de Jesus. Se formos infiéis, Jesus permanece fiel, pois não pode negar-Se a Si mesmo (II Tm.2:13). 
Jesus jamais falta ao compromisso assumido com os Seus discípulos, de estar com eles todos os dias até a consumação dos séculos (Mt.28:20). A ressurreição de Jesus é a garantia da nossa fé (I Co. 15: 13,14) e é a força que impulsiona a sermos fiéis ao Senhor, sabendo que, se formos participantes das aflições de Cristo, também seremos participantes da sua glória.
Perseverantes – grego = apomeno =permanecer, continuar, persistir e resistir.
III – CONDUTA A SEGUIR COM AQUELES QUE SE AFASTAM DA SÃ DOUTRINA E DA PUREZA CRISTÃ
1º) Paulo sofria como malfeitor (criminoso), mas a Palavra de Deus não estava presa. Tudo ele suportava por amor aos eleitos, para que também eles alcançassem a salvação.
2º) Cuidar de manejar bem a palavra da verdade, apresentando-se a Deus como obreiro aprovado, que não tivesse de se envergonhar (II Tm.2:15).
Um obreiro é aprovado diante de Deus quando vive o que prega e ensina e sabe bem manusear a Palavra, tem dela conhecimento, não só teórico, mas, também, prático.
Ex: Obreiros que faltam a EBD.
Apresentar – spoudadzo = apressa-se, ser zelozo, ser urgente, fazer todo o esforço.
3º) Evitar os falatórios profanos, porque eles produzem maior impiedade. “…A palavra se refere às disputas ímpias e inúteis sobre histórias genealógicas e fictícias e debates minuciosos acerca das sutilezas da lei de Moisés (...)
Ex: Gnósticos. Ensinavam que não haveria uma ressurreição, pois já era feita. Pervertendo, assim, a fé de alguns. (Ressurreição espiritual e não corporal).
4º) Não tinha o que temer. Ainda que alguns estavam a se desviar da fé, o fato é que “o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: (II Tm.2:19).
Quem profere o nome de Cristo deve viver separado do pecado (Mt. 7).
5º) Paulo mostra a Timóteo que, na igreja local, há vasos para honra, como vasos para desonra, há pessoas convertidas e pessoas que ainda não se converteram ou que se desviaram da fé. Somente seremos vasos para honra se tivermos uma vida de santificação, se nos esforçarmos para nos aproximarmos cada dia mais de Deus.
6º) Timóteo, para bem desempenhar esta tarefa, deveria fugir dos desejos da mocidade”.
Impaciência, a aversão a autoridade, o repúdio, a rotina, as convicções exageradas sobre questões teológicas.
Desejos – grego = paixões – grego – epithumia = desejos desordenados, ilegítimos, geralmente de ordem sexual, ou seja, dar lugar a carne.
O obreiro precisa ter uma vida santa, precisa buscar as “coisas de cima”, não permitindo que a carne sobre ele domine, tendo comunhão com Deus e com os santos. Assim como Timóteo, o obreiro deve se apresentar como trabalhador aprovado perante Deus, pois assim será um utensílio útil para toda boa obra.

CONCLUSÃO
Um obreiro aprovado deve evitar as contendas, os debates, apresentando sempre com mansidão para com todos e até mesmo com os hereges. Estando apto para ensinar e para suportar todas as contrariedades, fugindo sempre dos desejos da carne e sendo um vaso de honra na casa de Deus.
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia – R.N. CHAMPLIN.
Dicionário wycliffe.
Lições Bíblicas CPAD – 3º Trimestre – 2015.
Revista Ensinador Cristão – nº 64 – CPAD.
As Ordenanças de Cristo nas Cartas Pastorais. Elinaldo Renovato de Lima. CPAD.
Portal EBD – Dr. Caramuru Afonso Francisco.


 

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