domingo, 26 de julho de 2015

PASTORES E DIÁCONOS


3º Trim. 2015 – LIÇÃO Nº 3 – PASTORES E DIÁCONOS
A Igreja e o seu Testemunho  –  As ordenanças de Cristo nas cartas pastorais
 
Na sequência do estudo da Primeira Epístola de Paulo a Timóteo, estudaremos o seu terceiro capítulo, que trata das qualificações para o ministério, tanto do presbitério quanto do diaconato.
CONHECENDO OS TERMOS:
Bispo episkope = supervisor = presbítero = ancião.
Episcopado = episkope = vista = posição ou ofício de supervisionar.
Excelente = (grego = kalos = bom = com sentido de nobre = precioso = livre de defeito.
Almeja = (grego = epithumeo = desejar intensamente algo elevado e nobre que merece ser inquirido pela própria alma. 
 
Em I co. 12:28 a função de administradores aparece em penúltimo lugar, dando uma suposição que o ofício de supervisionar não envolvia prestígio algum.
Naquela época ser um supervisor ou líder era muito perigoso, pois era tempo de perseguição e este seria o primeiro a ser atacado.
Hoje, para muitos, a questão financeira e status é o principal. Antes era uma excelente obra.

As igrejas locais, desde os tempos primitivos, possuíam uma liderança, um governo para que houvesse ordem e paz dentro da igreja. Porque mesmo tendo como cabeça a Jesus Cristo, é necessário que se tenha uma coordenação de todos os membros e, assim como no corpo humano, não é apenas o cérebro que dá conta desta coordenação e organização. 

Assim como Timóteo em Éfeso, Tito também recebe orientações do Apóstolo Paulo nas igrejas locais de Creta, a respeito das funções eclesiásticas, ou seja, atividades exercidas na igreja local por pessoas chamadas pelo Senhor Jesus, a fim de que se cumpram as tarefas que o Senhor determinou para os salvos.


MÉTODOS DIVINOS PARA A CHAMADA

a) Método Direto – Quando o Senhor chama de forma direta, sem usar outros meios (sonhos, discipulados, etc.)
Ex: Abraão – Gn. 12 / Moisés – Ex. 3:10 / Samuel – I Sm. 3: 20; Is. 6:9 / Os apóstolos – Mc. 1:17 / Paulo – At. 26:19. 

b)  Método Indireto – É aquele que Deus chama através de outros meios. 

Ex: José – Gn. 37: 5-10 / Josué – fruto do discipulado. Acompanhou Moisés desde o início da caminhada no deserto. (Ex. 17:9) / Timóteo (meu cooperador) – Rm. 16:21.



A IMPORTÂNCIA DA CHAMADA DIVINA

1. Exclarecer que o ministério, seja qual for, nunca foi uma profissão na antiga aliança, muito menos na atual dispensação. Na antiga aliança, o sacerdócio era privativo dos filhos de Arão e os profetas eram chamados pelo Senhor.

No Novo Testamento, o ministério é:

a) Um dom e uma vocação de Deus (Ef. 4:11);

b) Do Senhor vem a recompensa (I Pe. 5:2 – 4);

c) Pelo Senhor ele será julgado (I Co. 4: 3-5)


2. A certeza da chamada faz o servo do Senhor superar obstáculos.

Moisés em rebeliões (Nm. 12: 1-16) / Perseverança de Paulo

(At. 14: 19 – 22).

3. Sua natureza:

a) Divina – A responsabilidade é do Senhor;

b) Pessoal – Deus tem o ministério certo para a pessoa certa;

c) Soberana – Não pode haver renúncia;

d) Definitiva – Não pode impor condições ou interesses de recompensa material (Lc. 9: 57,58).


AS QUALIFICAÇÕES PARA O EPISCOPADO

a) PRESBÍTERO TAMBÉM CHAMADO DE BISPO OU DE ANCIÃO

1º) Ser irrepreensível – Não ser capaz de ser repreendido.  É ter uma vida cujas ações e atitudes denotam um caráter de santidade e de obediência à Palavra de Deus.
2º) Ser "marido de uma mulher“ – Com efeito, o marido deve amar sua mulher como Cristo amou a Igreja e a Si mesmo Se entregou por ela (Ef.5:25). Não pode ser presbítero quem não se sacrifica por sua família. 

3º) Vigilância – Estar sempre atento a todos os movimentos que estão à sua volta, a fim de que não seja apanhado de surpresa pelo adversário.

4º)  Ser sóbrio - É  não se deixar levar por todas as circunstâncias.

5º) Honesto – É ser comprometido com obrigações e responsabilidades assumidas, é cumprir rigorosamente com o que prometeu.

6º) Hospitalidade – Esta qualidade era fundamental nos tempos apostólicos, devido a total falta de infraestrutura para a acolhida de irmãos. Hoje, tem sido negligenciada e até desprezada.

7º) Aptidão para o ensino – O presbítero tem que ter aptidão para ensinar, como para aprender. Tem que ser um assíduo aluno da EBD.

8º) Não ser dado ao vinho, ou seja, não pode ser portador de vício de qualquer espécie – O texto no original grego = paroinos = bêbado, viciado em vinho. Não deixar se dominar por qualquer paixão.
9º) Não poder ser "espancador" - Ou seja, não pode ser uma pessoa violenta.

10º) Não ser cobiçoso de torpe ganância, mas moderado - O obreiro deve ser alguém que tenha equilíbrio.

11º) não seja contencioso – Deve ser uma pessoa que seja pacificadora, que seja conciliadora, inimiga de contendas.

12º) Não ser avarento – Ou seja, que não tenha o "amor ao dinheiro, (que) é a raiz de toda a espécie de males “.

13º) Governe bem a sua própria casa – Tendo seus filhos em sujeição.

14º) Não ser neófito – Não ser iniciante na fé, um novato, uma pessoa que está dando os seus primeiros passos na vida espiritual.

15º) Ter bom testemunho dos que estão de fora – Para que não caia em afronta, e no laço do diabo. 

16º) Ser dispenseiro da casa de Deus” – Está a serviço dos irmãos da igreja local, é alguém que está a serviço de Cristo, a fim de que possa cuidar bem do rebanho do Senhor (Tt. 1:6-9).


AS QUALIFICAÇÕES PARA O DIACONATO
Após analisar os requisitos para o diaconato, o apóstolo Paulo diz que os que servem bem como diáconos adquirem para si uma boa posição e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus. Muitos nos dias atuais, colocam o diaconato como o primeiro degrau de uma carreira hierárquica, o que não é verdade. Pois o diácono é referencial de fé em Cristo Jesus.
 
b) Diáconos

1º) Honestidade – No grego = semnous” (σεμνούς), cujo significado é “digno de respeito, sério, dignificado, acima de reprovação”. Uma “boa reputação”.
2º) “Não seja de língua dobre” – Ou seja, ser “de uma só palavra”. O seu falar tem que ser “sim,sim; não,não”.
3º) “Não seja dado a muito vinho” – O texto no original em I Tm.3:8 é “ oinó polló prosechontas” (μή οινω πολλω πρσέχοντας), que a Bíblia de Jerusalém bem traduz como “não inclinado ao vinho”, mostrando que o que aqui se exige é ausência de vícios.
4º) Não ser cobiçoso de torpe ganância – É evidente que quem cuida dos assuntos materiais não pode ser alguém que se deixe levar pela ganância.
5º) A guarda do mistério da fé em uma pura consciência – O diácono deve ser um homem espiritual, cuja consciência é pura, limpa, de modo que pode, sempre, ingressar na presença de Deus (Hb.10:19-22).   
6º) Ser marido de uma só mulher – Governando bem a seus filhos e a suas próprias casas. Ter uma vida familiar exemplar, pois, não sabendo governar bem a sua própria casa, como poderá administrar os assuntos materiais da casa de Deus?
7º) Portanto, o candidato ao diaconato, deve ter testemunho da igreja local, para que possa ser separado para tão grande importante função - Deve ser alguém que demonstre ter fé em Deus, alguém que está a guardar esta fé com devoção e dedicação, que estimule os irmãos a praticar o amor e a fazer boas obras, alguém que não seja volúvel, que por qualquer motivo deixa de congregar e participar das reuniões, que não se engaja nos projetos da igreja local; mas alguém que é participativo e que tenha diálogo com os demais irmãos, aceitando receber críticas. Por fim, que saiba ouvir, pois isto é fundamental para quem trata de questões como assistência social.

CONCLUSÃO
Os padrões bíblicos do pastor, são principalmente morais e espirituais. O caráter íntegro de quem aspira ser pastor de uma igreja é mais importante do que personalidade influente, dotes de pregação, capacidade administrativa ou graus acadêmicos. O enfoque das qualificações ministeriais concentra-se no comportamento daqueles que perseveram na sabedoria divina, nas decisões acertadas e na santidade devida. Os que aspiram ao pastorado sejam primeiro provados quanto à sua trajetória espiritual (cf. 3.10). Partindo daí, o Espírito Santo estabelece o elevado padrão para o candidato, [isto é] que ele precisa ser um crente que se tenha mantido firme e fiel a Jesus Cristo e aos seus princípios de retidão, e que por isso pode servir como exemplo de fidelidade, veracidade, honestidade e pureza. Noutras palavras, seu caráter deve demonstrar o ensino de Cristo em Mateus 25.21 de que ser ‘fiel sobre o pouco’ conduz à posição de governar ‘sobre o muito’” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p.1867).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bíblia Online
Bíblia de Estudo Pentecostal
Bíblia de Estudo – Aplicação Pessoal
Bíblia de Estudo Plenitude
Dicionário online de Português
Dicionário wycliffe
Lições Bíblicas CPAD – 3º Trimestre – 2015
Revista Ensinador Cristão – nº 64 – CPAD.
As Ordenanças de Cristo nas Cartas Pastorais. Elinaldo Renovato de Lima. CPAD.
Portal EBD – Dr. Caramuru Afonso Francisco.
Consultas a sites de Estudos Bíblicos.
Bíblia de Jerusalém. 
    
  
 
 

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