domingo, 19 de julho de 2015

ORAÇÃO E RECOMENDAÇÃO ÀS MULHERES CRISTÃS

3º TRIM. 2015 – LIÇÃO Nº 3 – ORAÇÃO E RECOMENDAÇÃO ÀS MULHERES CRISTÃS

A Igreja e o seu Testemunho – As ordenanças de Cristo nas cartas pastorais

I – INTRODUÇÃO
Seguindo o estudo da Primeira Epístola de Paulo a Timóteo, estudaremos o seu segundo capítulo, onde Paulo orienta Timóteo a respeito da oração e da recomendação que deveria dar às mulheres cristãs na igreja de Éfeso.
Depois de lembrar seu filho na fé Timóteo das razões pelas quais fora enviado para a igreja de Éfeso, o apóstolo iniciou recomendações ao próprio Timóteo, admoestando-o a conservar a fé e a boa consciência, para que não tivesse o mesmo triste fim que tiveram Himeneu e Alexandre, que haviam naufragado na fé (I Tm.1:19,20).
·   Himeneu:
Era um camarada que pensava que a ressurreição já havia ocorrido, anunciando apenas o aspecto espiritual da ressurreição (2 Tm. 2:16,17 e 18).
·   Alexandre:
Era o latoeiro/ferreiro que causou danos e se opôs a Paulo (2 Tm.4:14,15).

Esta conservação da fé e da boa consciência, indispensáveis para que Timóteo pudesse cumprir a sua missão deveria iniciar-se por intermédio da oração (I Tm.2:1).

I – A NECESSIDADE E IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO
A principal forma de comunicação do homem com Deus é a oração.
Não é possível se ter comunhão com Deus se não houver comunicação e esta principal forma de comunicação é através da oração.
O termo oração, do grego proseuchē, significa "invocar, pedir ou suplicar a uma divindade". No Antigo e Novo Testamento, a oração é o supremo recurso usado pelo povo de Deus para suplicar, agradecer, adorar, pedir, interceder e bendizer ao único e verdadeiro Senhor.
Timóteo somente teria êxito em sua missão e a igreja de Éfeso se livraria dos falsos mestres se vivesse em oração, se desse prioridade a duas atividades indispensáveis numa igreja local: a meditação nas Escrituras e a oração. Como diz o conhecido corinho: “leia a Bíblia e faça oração, se quiser crescer”. Também há uma frase que resume a indispensabilidade da oração na vida cristã: “Muita oração, muito poder; pouca oração, pouco poder; nenhuma oração, nenhum poder”.
1.1. O que é Oração?
·   Conversa com Deus com a finalidade de louvá-lo, render-lhe graças ou interceder (fazer um pedido em favor de alguém ou de algo).
·   É “o fôlego da vida espiritual”, é o “respirar da alma”.
Tão variados são os contextos e motivos pelos quais o crente ora, que a Bíblia emprega diversos vocábulos para descrever o diálogo da alma com Deus.
Paulo orienta Timóteo que deveriam ser feitas orações em prol de todos os homens: deprecações, orações, intercessões e ações de graças.  
1.2. A oração pode ser classificada em:
·   Obs: Dentro de cada uma dessa classificação há diversos tipos de oração:

  1. Deus como centro das nossas orações – Há orações que são dirigidas a Deus, visando o próprio Deus, o que Ele é, o que faz, o que tem feito e o que fará.

  • Ações de graça – A expressão do nosso reconhecimento e gratidão a Deus por tudo que ele nos tem feito (Sl.103).
  • Louvor – São expressões de louvor a Deus pelo que Ele faz. Louvar é reunir todos os feitos de Deus e expressá-los em palavras, numa atitude de exaltação e glorificação ao seu nome (Sl.46).
  • Adoração – Oração que exalta a Deus pelo que Ele é. A resposta do nosso amor ao amor divino, reconhecendo quem Ele é (Sl.100).

  1. Nós mesmos como centro das nossas orações – Vamos a Deus para apresentar as nossas necessidades.

  • Petição – É “um pedido formal a um poder maior”. Apresentação a Deus de um pedido, visando satisfazer uma necessidade pessoal, tendo como base uma promessa de Deus (Sl.59).
  • Deprecações/Súplicas – Suplicar é simplesmente insistir em nosso pedido de misericórdia, solicitação de um favor, uma necessidade específica (Sl 30:8).
Ex: Pedidos de oração (enfermidade).
  • Entrega – É a transferência de um cuidado ou inquietação para Deus. É lançar o cuidado sobre o Senhor, com um consequente descanso (1Pe.5:7).
  • Confissão – Pela oração, confessamos a Deus nossos pecados e fraquezas, pedindo o Seu perdão e restauração (Sl.51).

  1. O próximo como centro das nossas orações – Vamos a Deus como intercessores, levando a necessidade de uma outra pessoa, nos colocando no lugar do outro e pleiteando a sua causa (Jo.17 a partir do 6).

·         Rogo – Pleitear, pedir com urgência, interceder, intermediar, implorar, pedir por misericórdia ou justiça em favor de outra pessoa (2 Tess. 1:11).
·         Intercessão – Significa pedir em favor de alguém, rogar por alguém ou situação. Significa ser intermediário junto de Deus (Cl.1:9).
·         Deprecações/Súplicas.

Orações – genéricas – no geral, necessidades sempre presentes.
são as orações amplas e que jamais podem faltar na igreja local, petições referentes à própria necessidade de progresso espiritual, tanto da membresia quanto da obra de Deus. São pedidos para que o Senhor continue a salvar, curar, batizar com o Espírito Santo. Pedidos para que o Senhor venha trazer sempre a Sua Palavra e manifestar a Sua glória nas reuniões da igreja local. Pedidos para que o Senhor manifeste os dons espirituais e sempre promova o exercício dos dons ministeriais na igreja local, bem como que fortaleça as famílias, que são a base da igreja local, mantendo todo o povo em vigilância e tendo sempre renovada a esperança da volta do Senhor.
O apóstolo diz a Timóteo que a igreja local tem um papel importantíssimo na sociedade, pois é ela quem deve orar pelos reis e todos os que estão em eminência (I Tm.2:2).
1.3. Quando Oramos:
1.      Reconhecemos a soberania de Deus - Estamos a dizer que é o único que pode nos atender e que merece o nosso louvor e adoração.
2.      Reconhecemos a nossa insuficiência - Demonstramos a consciência de que tudo está no controle de Deus e que sem Ele nada podemos fazer.
3.      Revelamos a nossa fé - Demonstramos que a nossa confiança está em Deus e não em qualquer outro ser.
4.      Revelamos a nossa obediência - Cumprimos a vontade de Deus expressa em Sua Palavra. Ele quer que oremos sem cessar (1Tess.5:17), bem como imitemos a Jesus (1Co.11:1), cujo ministério terreno foi de oração. Orar sem cessar não quer dizer a todo momento está de joelhos, mas reconhecendo a nossa dependência de Deus, construímos essa atitude considerando natural fazer orações frequentes, espontâneas e breves. Esta atitude não deve ser um substituto para os nossos momentos regulares de oração, mas uma abundante extensão desses momentos.
5.      Demonstramos o nosso amor para com o próximo - Intercedendo por eles e sendo justos permitimos somente o bem a eles. A nossa oração deve ser somente para abençoar o nosso próximo.
1.4. A quem devemos orar?
1.      Ao Pai (Deus) - Toda família tem um pai, que é o legítimo proprietário. Nós formamos uma família e temos por pai o nosso Deus. Quando queremos algo devemos nos dirigir a Ele. (Ef.3:14,20)
2.      Ao Pai em nome de Jesus – Significa confessar seu nome diante de Deus e que aceitamos seu sacrifício na cruz do calvário e o Pai recebe, unindo a nossa vontade a Sua santa vontade. (Jo.16:23)
3.      Ao Pai, mas no Espírito Santo – O Espírito Santo ora  através daquele que ora. A verdadeira oração vem de Deus, passa por aquele que ora e volta a Deus. (Rm.8:27)
4.      A Jesus Cristo – Significa sacar “cheque já assinado” que é pago integralmente por Deus. Significa dizer sim também ao Seu nome, seu sacrifício e porque Deus também diz sim a este nome. (Jo.14:12,13,14)
1.5. Como Orar?
1.      Com sinceridade. (Hb.10:22)
2.      Com fé – Significa apoiar-se na oração sobre as promessas de Deus. Na fé vemos o poderoso Senhor, como Ele age, vemos as torrentes de bênçãos que Ele quer derramar e aceitamos suas promessas, apesar de não vermos ainda a realização. (Mt. 21:22)
3.      Com perseverança. (Rm.12:12)
O Senhor nos convida: “Pedi!” Pedir é solicitar. “Buscai!” Buscar é insistência. “Batei!” Bater é insistir constantemente até que a porta se abra.
4.      Com conformação – Se não conheces a vontade de Deus em algum assunto, então ora de todo o coração, com perseverança, mas com conformação. (Rm.8:28)
5.      Com humildade. (2 Co.7:14)
6.      Com arrependimento. (1Rs.8:33)
7.      Levantando mãos santas – Paulo também queria que todos os homens orassem em todo o lugar, levantando mãos santas, sem ira nem contenda = puras, limpas da contaminação do pecado (I Tm.2:8).
1.6. Inimigos da Oração
  1. Cansaço. (Is.40:29,31)
  2. Distração
  3. Intranqüilidade interior
  4. Pressa. (Ecl.8:3)
  5. Desânimo. (2Co.4:8)
  6. Indolência (sem vontade).
1.7. Obstáculos que impedem a resposta da oração
1.      Relacionamentos destruídos (Mt.5:23,24) – A vida familiar, diante de Deus e com o próximo deve está irrepreensível.
2.      Coração que não perdoa (Mc.11:25) – Qualquer que guarda espírito de rancor ou mágoa contra alguém, fecha os ouvidos de Deus para a sua petição.
3.      Contenda (Tg.3:16) – é simplesmente o agir movido pela falta  de perdão.
4.      Motivação errada (Tg.4:3) – Um sério obstáculo às orações é pedirmos algo a Deus que não necessitamos, com o propósito de satisfazermos os nossos desejos egoístas.
5.      Pecado (Is.59:1,2) – Uma atitude de desobediência à Palavra de Deus fecha o céu para nós, mas uma vida de obediência abre o caminho à resposta de Deus. (1Jo.3:22)
6.      Ídolos no coração (Ez.14:3) – Ídolo é tudo aquilo que venha ocupar o lugar de Deus, que é o primeiro em nosso coração. O primeiro lugar deve ser por excelência ocupado por Deus em nossa vida.
7.      Falta de generosidade para com os pobres (Pv.21:13) – Quando nos recusamos a ajudar alguém que realmente precisa, quando podemos fazê-lo impede a resposta da nossa oração.
8.      Dúvida e incredulidade ( Tg.1:6,7) – A dúvida vem da ignorância da Palavra de Deus. A incredulidade é quando sabemos que há um Deus que tudo faz e ainda assim não cremos que pode fazer. Não crer nas promessas é duvidar do caráter de Deus.

Jesus, que é o nosso exemplo (I Pe.2:21), em Sua peregrinação terrena, foi um exímio homem de oração, a ponto de Seus discípulos ter-Lhe pedido que os ensinasse a orar (Lc.11:1).
Quando observamos a peregrinação terrena de Nosso Senhor, vemos que, no instante em que Se despojou de Sua glória, iniciou uma vida de oração, a nos mostrar claramente que, enquanto não estivermos na glória, devemos viver em constante oração. Ao entrar no mundo, diz o escritor aos hebreus, o Senhor fez uma oração (Hb.10:5-9). Ao longo de Seu ministério terreno, viveu sempre em oração e, quando morria na cruz para nos salvar, despediu-se da vida terrena com uma oração (Lc.23:46) e agora, à direita do Pai, está a orar por nós (I Tm. 2:5).
A oração é um dever de todo cristão, algo obrigatório. Jesus mesmo disse em (Lc. 18:1).
Não devemos somente orar quando estamos em angústia ou dificuldade. O crente que não ora está em falta com Deus.

Podemos notar que o dever de orar caracteriza-se em 2 propriedades:
1.      Orar sempre;
2.      Nunca desfalecer.

Orar sempre significa:
·         Nunca deixar de orar;
·         Não há tempo, nem lugar certo para orar;
·         Estarmos dispostos e prontos a orar ao Senhor a cada instante e a cada situação.

Nossas orações devem ser discretas e provir da alma.
Muitas pessoas costumam criar regras relativas a oração, como estipular o número de vezes e as ocasiões que devemos orar. Muitas das vezes tomam a Daniel como exemplo. Tudo bem que queiram seguir o exemplo de homens fiéis a Deus, mas a estabelecer regras!
Orações para serem ouvidas, não precisam ser intermináveis, longas, altas e com palavras difíceis, iguais a do fariseu. (Lc.18)
Muitas orações são feitas de forma automática, repetitiva em que os lábios estão desligados do coração.
Deus ouve o contrito coração, aquele diálogo que vem do interior da alma.
PORTANTO:

·         Nunca desfaleça!
·         Nunca desanime!
·         Persevere!
·         Insista!
Deus está pronto a ouvir as nossas orações. Quem sabe a vitória está próxima e se desistir agora poderá está adiando a tão sonhada benção!!! Que Deus a todos abençoe.

II – OS DEVERES DAS MULHERES CRISTÃS
Depois de falar da oração, Paulo traz a Timóteo orientações concernentes ao papel da mulher na igreja local.
A primeira orientação que Paulo dá a Timóteo: ler I Tm.2:9. Temos aqui um princípio bíblico a respeito das vestimentas, que foram criadas como uma necessidade de esconder a nudez depois da queda do homem no Éden (Gn.3:7,21), quando se originou o pudor, que nada mais é que a vergonha que decorre da inserção da malícia no coração humano.
Além de trajes honestos (honrados, dignos, íntegros), as mulheres deveriam, também, vestir-se com pudor e modéstia. Como diz Hendriksen: “…Modéstia (αίδώς) indica senso de pudor, receio de ultrapassar os limites da decência, na qual podemos traduzir por bom senso, literalmente significa mente sadia (σωϕροσύνη). Ao vestir-se para ir à igreja, as mulheres devem pôr em prática o juízo perfeito. Devem vestir-se com sensatez. Seu intuito não deve ser o de exibir-se, de ‘provocar indignação’, usando aparato apelativo com o intuito de levar outrem a invejá-las. Devem adornar-se, sem dúvida. Elas não têm que esquivar-se da moda, a menos que uma moda em particular seja imoral ou indecente…” (op.cit., p.136)
O princípio apresentado pelo apóstolo não se destinava a todo e qualquer lugar. É óbvio que a vestimenta se altera de local para local, de evento para evento, mas em todos os momentos o cristão deve comparecer com traje honesto, com pudor e modéstia. De igual maneira, embora a orientação seja dada às mulheres, é evidente que também dizem respeito aos homens.

Vídeo 1 = Esquadrão da moda.

As observações quanto à roupa das mulheres são paralelas a I Pe. 3:3-5. O uso da vestimenta modesta e apropriada é uma espécie de "boas obras".
A honestidade do traje, com pudor e modéstia, impede que a vestimenta seja utilizada como instrumento de sensualidade, por serem traços culturais, são, como todo elemento cultural, variáveis de lugar para lugar, de época para época, não é um objetivo a ser alcançado nem representa, por si só, um padrão de espiritualidade. Portanto, não pode ser um instrumento pelo qual pequemos ou levemos outros a pecar, mas, também não é “atestado de santidade”.
Os adornos mencionados pelo apóstolo Paulo (tranças, enfeites com ouro, pérolas e vestidos preciosos) eram ornamentos na época do apóstolo que custavam fortunas, que demonstravam um luxo desmedido e uma ostentação que não correspondia à profissão de fé cristã. Em nossos dias, devem ser interpretados como toda e qualquer extravagância, como toda e qualquer ostentação, que deve ser repudiada por todo que cristão se diz ser.

Vídeo 2 = Mulheres diante do trono.

Depois de ter falado a respeito da vestimenta das mulheres, o apóstolo Paulo fala a respeito do papel que tinham elas nas igrejas locais (I Tm. 2:11).
Paulo orienta Timóteo que, em relação à igreja de Éfeso, não permitisse que as mulheres assumissem qualquer papel de “mediação” entre Cristo e os crentes.

CONCLUSÃO
A verdadeira e genuína mulher cristã não só terá o prazer de alcançar a sublimidade da feminidade, que é a maternidade, como, também, a salvação, permanecendo com modéstia na fé, na caridade e na santificação (I Tm.2:15).
"Orar antes de fazer algo é DEPENDÊNCIA; orar depois de fazer é GRATIDÃO; orar sempre é COMUNHÃO! Antes de tomar qualquer decisão, ore. É melhor ter marcas nos joelhos do que feridas no coração. As melhores escolhas são aquelas que são fruto de oração, análise e muita paciência! As pessoas podem recusar o nosso amor ou rejeitar nossas palavras, mas não tem defesa contra a nossa oração! A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos. Ore, confie e agradeça!!!"

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bíblia Online
Bíblia de Estudo Pentecostal
Bíblia de Estudo – Aplicação Pessoal
Bíblia de Estudo Plenitude
Dicionário online de Português
Dicionário wycliffe
Lições Bíblicas CPAD – 3º Trimestre – 2015
Revista Ensinador Cristão – nº 64 – CPAD.
As Ordenanças de Cristo nas Cartas Pastorais. Elinaldo Renovato de Lima. CPAD.
Portal EBD – Dr. Caramuru Afonso Francisco.
Blog Atitude de Aprendiz – Sulamita Macedo.
Consultas a sites de Estudos Bíblicos.
www.youtube.com/watch?v=UUdnUveymQU

Vídeo:Esquadrão da Moda (16/05/15) - Conheça Monia, a ...- YouTube

www.youtube.com/watch?v=4Ew2hDDOryA

Nenhum comentário:

Postar um comentário