3º TRIM. 2016 – LIÇÃO Nº 3 – IGREJA, AGÊNCIA EVANGELIZADORA
O DESAFIO DA EVANGELIZAÇÃO – Obedecendo
ao ide do Senhor Jesus de levar as boas novas a toda criatura
INTRODUÇÃO
Ao revelar o grande mistério que esteve oculto
desde antes da fundação do mundo (Ef.3:9), qual seja, a Sua Igreja, Jesus afirmou
que ela seria edificada sobre Ele e “…as portas do inferno não prevaleceriam
contra ela” (Mt.16:18). A palavra “portas” significa “autoridades”, “forças
proeminentes”. Desde este anúncio, o Senhor já deixou claro que a Igreja
travaria um incessante combate contra as forças do mal, as autoridades
espirituais da maldade, estaria esta a agir no sentido contrário ao trabalho
efetuado pelo adversário e pelos seus agentes.
Certa feita, Jesus bem esclareceu qual era o trabalho do
diabo e de seus anjos: “roubar, matar e destruir” (Jo.10:10). O Senhor, ao
contrário, tendo vindo para desfazer as obras do diabo (I Jo.3:8), veio trazer
vida e vida com abundância (Jo.10:10). Ora, se a Igreja é o corpo de Cristo (I Co.12:27), tem como missão trazer vida
e isto nada mais é que levar aos homens o próprio Jesus, que é caminho, verdade
e vida (Jo.14:6). Portanto, a Igreja existe para pregar o Evangelho até
a volta de Jesus, sendo a sua principal
tarefa, a evangelização, ou seja, a pregação do Evangelho a judeus e a
gentios, o anúncio de que Jesus veio salvar o homem, perdoando os seus pecados
e restabelecendo a comunhão entre Deus e a humanidade. A igreja existe para
dizer ao mundo que “Jesus salva, cura, batiza com o Espírito Santo e brevemente
voltará”.
I – EVANGELIZAÇÃO, O
OBJETIVO PRINCIPAL DA EDIFICAÇÃO DA IGREJA POR JESUS
Segundo Orlando Boyer (1893-1978), um dos missionários
responsáveis pela obra pentecostal no Brasil, no prefácio de seu livro
“Esforça-te para ganhar almas”, a Igreja de Cristo é uma instituição ganhadora
de almas, a proclamar, a tempo e fora de tempo, que Jesus Cristo salva a todos
os homens que O aceitarem.…” (op.cit., p.8).
Após ter consumado a obra da redenção do homem no Calvário
(Jo.19:30) e ter passado quarenta dias dando prova da Sua ressurreição aos
discípulos e falado a respeito do reino de Deus (At.1:3), o Senhor determinou
qual seria a tarefa principal da Igreja. Mandou que o evangelho fosse pregado por todo o mundo a toda a criatura (Mc.16:15),
uma ordem que estabeleceu um verdadeiro dever a todo cristão, a ponto de o
apóstolo Paulo ter exclamado: “Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que
me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o
evangelho!”(II Co.9:16).
O “ai de mim se
não pregar o evangelho” tem dois sentidos claros:
·
A obrigação – Pregar o evangelho é,
antes de tudo, um ato de obediência a Deus. Paulo sentia que era sua
responsabilidade como despenseiro de Deus (I Co. 9.17). Se você não prega
porque ama fazê-lo, deve pregar por atitude de obediência. Esta foi a resposta
de Pedro às autoridades judaicas que lhe ordenavam parar de pregar: “Julgai se
é justo diante de Deus ouvir-vos antes a vós outros do que a Deus” (At. 4.19).
Pedro entendia que não poderia parar de pregar, pois se parasse, estaria
desobedecendo a Deus.
·
A punição – É, normalmente, um grito de dor
diante do castigo. Sei que falar de castigo não é algo agradável na sociedade
moderna. Afinal, somos o povo sem freios, sem limites e sem punição. Todavia, a
Bíblia apresenta claramente a verdade da prestação de contas e do castigo de
Deus àqueles que são infiéis na obediência aos seus mandamentos. Paulo tem
consciência disto, tanto que trata a pregação do evangelho como dever do
despenseiro (v. 17). Já Ezequiel, o profeta da individualidade diante de Deus,
preconiza essa verdade. Através dele, ao desobediente na pregação, o Senhor
diz: “o seu sangue da tua mão o requererei” (Ez. 3.18). Não
pregar o evangelho é colocar-se na posição de experimentar o castigo de Deus
(Mt. 25:30; Jo.15:16; Tg.4:17). Portanto, não evangelizar é
desobedecer ao Senhor e sabemos que desobediência é pecado.
Esta ordem de Jesus, registrada por Marcos, foi proferida quando Jesus
apareceu aos onze, depois de ter lançado a incredulidade de Tomé, oito dias
depois da ressurreição (Mc.16:15; Jo.20:26-29), sendo,
portanto,
um dos assuntos referentes ao “reino de Deus” (At.1:3).
No registro feito por Mateus, a ordem de Cristo é dada em um monte
na Galileia, para onde o Senhor havia determinado que os onze discípulos fossem
(Mt.28:16), tendo, então, a ordem de Cristo sido até mais ampla que a
registrada por Marcos, envolvendo além da pregação do Evangelho, o batismo nas
águas e o ensino da Palavra (Mt.28:19,20).
Não foi uma ordem circunscrita apenas aos onze apóstolos,
como defendem alguns, dizendo, portanto, que não é obrigação senão dos
ministros a pregação do Evangelho, uma vez que Jesus também repetiu esta
determinação quando, no dia da ascensão, apresentou-Se a mais de quinhentos
irmãos, ou seja, a totalidade da nascente Igreja (I Co.15:6), no monte das
Oliveiras (At.1:12). Ali, o Senhor determinou que todos eles fossem Suas
testemunhas, em todas as partes do mundo, o que, aliás, foi efetivamente
cumprido pelos cristãos, depois que foram dispersos de Jerusalém (At.8:1-4).
Esta ordem de Cristo é conhecida pelos estudiosos da Bíblia
como a “Grande Comissão”, pois “comissão” significa “ato de cometer, encarregar, incumbir”, é,
em primeiro lugar, uma ordem. O verbo, em Mc.16:15, está no modo imperativo, ou
seja, trata-se de uma ordem, não de uma recomendação ou de um conselho que
venha da parte do Senhor. “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda
criatura”. Trata-se de uma ordem, de uma determinação, de alguém que se
apresenta como Senhor e, portanto, com autoridade de mando, a quem se apresenta
como servo, ou seja, como alguém disposto a obedecer. Tanto assim é que o
evangelho segundo Marcos termina com a afirmação de que, em cumprimento à ordem,
os discípulos foram e pregaram por todas as partes (Mc.16:20).
A ordem de Jesus:
1) Ir por todo o mundo.
Esta é a primeira parte da Grande Comissão. Ir ao encontro
do mundo, ir ao encontro dos pecadores, levar-lhes a mensagem da salvação em
Cristo Jesus.
2) Nos lembra que a evangelização é feita sem
qualquer discriminação, sem qualquer parcialidade ou preferência deste ou
daquele lugar, desta ou daquela nacionalidade.
O dever da Igreja é de ir a todos os lugares e é triste
vermos igrejas que se definem como sendo exclusivas de uma certa nacionalidade,
de uma certa raça, de um certo local, sem se falar naquelas que se negam a
trabalhar em “lugares não apropriados” ou “locais perigosos”. Por isto, vemos a
carência de evangelização nos antros de pobreza e miséria nas grandes
metrópoles, os presídios, os reformatórios e, mesmo, os hospitais. São locais
onde, na atualidade, imperam as obras assistencialistas, muitas delas
vinculadas a doutrinas filosófico-religiosas que defendem a salvação pelas
obras, sem que haja a presença maciça de servos do Senhor. Jesus ia ao encontro
dos publicanos e das meretrizes, a escória da sociedade de seu tempo.
3) Para que se pregue o Evangelho.
Mas o que é pregar? A palavra grega é “ekeryxthen” (έκηρυχθην),
cujo significado é “anunciar”, “proclamar”, “publicar”, “tornar público”.
“Pregar o evangelho”, portanto, não é apenas fazer um sermão, uma exposição da
Palavra de Deus a um grupo de ouvintes, com eloquência, com unção do Espírito
Santo. Isto também é pregar, mas não é esta a única forma que se tem para
pregar o Evangelho, não é só a isto que Jesus Se refere na “Grande Comissão”.
Como sabemos, a tarefa do “ministério da Palavra” era, na igreja primitiva, dos
apóstolos (At.6:4), mas, como vimos, não foi só a eles que o Senhor determinou
que se pregasse o Evangelho.
Revisando...
A
evangelização é o ato de evangelizar e evangelizar é proclamar o Evangelho,
podemos resumir que: a evangelização é o ato de proclamação do Evangelho, do
anúncio de que chegou o tempo de se obter a justiça diante de Deus, de se ter a
salvação, mediante a fé em Jesus.
“Pregar o evangelho” é:
_ Antes de mais nada, mostrar antecipadamente o Cristo, de
forma adiantada.
Antes de expormos os caminhos da doutrina bíblica, antes de
mostrarmos quem é Jesus nas Escrituras, que d’Ele testificam (Jo.5:39). Podemos
mostrar Jesus através de nossas próprias vidas! O povo de Antioquia, ao ouvir a
mensagem do Evangelho, começou a chamar os discípulos de cristãos, porque, ao
compararem o modo de vida de cada crente com o que era mostrado nas Escrituras,
descobriram que os crentes daquela igreja eram “parecidos com Cristo”, ou seja,
eram “cristãos”.
_ Vivermos de acordo com o Evangelho.
É termos uma vida sincera e irrepreensível diante de Deus e
dos homens. Paulo dizia que confessava ser cristão, mas podia fazê-lo porque
procurava ter uma consciência sem ofensa diante de Deus e dos homens
(At.24:16), repetindo, assim, a mesma conduta de seu Senhor (Lc.2:52;
Jo.8:46a). Por isso, não é exato dizer que todo cristão foi dotado da
eloquência para pregar em um púlpito para uma multidão ou, mesmo, para tomar a
iniciativa de pregar a uma pessoa a ser por ele abordada na sua casa, no local
de trabalho ou na escola. Mas todo cristão precisa, em sua vida,
antecipadamente dizer a toda criatura quem é Jesus e qual é a transformação que
Ele faz em todos quantos O aceitam como único Senhor e Salvador. É necessário
que cada um de nós, com nossas vidas, “pregue o Evangelho”, que cada um de nós
seja “…uma carta de Cristo e escrita não com tinta, mas com o Espírito de Deus
vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração, conhecida e
lida de todos os homens” (II Co.3:2,3).
_ Pregar a Cristo.
O assunto é a salvação do homem na
pessoa de Jesus Cristo. É para isto que existe a Igreja, isto que é
evangelização. O alvo da Igreja é o de pregar a Cristo Jesus.
Nos dias em que vivemos, nos cultos das igrejas locais, o
Evangelho não tem sido mais pregado! Nem
o convite ao pecador para aceitar a Cristo tem sido feito mais! Como estamos
distantes do objetivo fixado pelo Senhor: a pregação do Evangelho…
_ Pregar com simplicidade.
Jesus é simples, como o provou durante Seu ministério
terreno. Mas o que é simplicidade? Simplicidade
é ausência de maldade. Como diz o Dicionário Houaiss da Língua
Portuguesa, é “qualidade, caráter daquele que é sincero; franqueza, pureza,
candura”. No texto original grego, a palavra é “aplótes” (άπλότης), cujo
significado é, precisamente, o de “singeleza, sinceridade, franqueza, devoção
sincera” ( II Co.11:3). Esta simplicidade tem se perdido em muitas igrejas
locais e, como consequência disto, parte-se para o formalismo, para o
ritualismo, para o excesso de liturgia, para as inovações e para o misticismo,
tudo para tentar esconder a falta da graça de Deus, graça esta que está apenas
onde há simplicidade.
_ Pregar com fé.
Quando pregamos o Evangelho, devemos mostrar, a começar de
nossas vidas, que cremos naquilo em que pregamos. Ora, somente podemos provar
que cremos naquilo em que pregamos, se vivermos da mesma maneira que
anunciamos.
OBS: Quando a pregação do Evangelho é feita dentro destes
requisitos, o Senhor confirma a Palavra com sinais (Mc.16:20).
II – COMO CUMPRIR O DEVER DA EVANGELIZAÇÃO INDIVIDUALMENTE
Quando os cristãos têm consciência
que a tarefa primordial da Igreja é a evangelização, passam a entender que sua
existência gira em torno desta missão dada a cada crente, que é membro do corpo
de Cristo em particular (I Co.12:27).
Ao contrário do que muitos pensam,
ou seja, de que evangelizar é entregar
folhetos, bater de porta em porta, levar alguém até uma igreja ou subir em um
púlpito ou pregar ao ar livre, evangelizar é tudo isto e muito mais: é viver de
acordo com a Palavra de Deus, é desfrutar de uma comunhão sincera e perfeita
com o Senhor, a ponto de sermos vasos de honra em todos os lugares em
que estivermos ou vivermos (II Tm.2:20,21).
_ O primeiro ponto para
evangelizarmos é termos uma vida piedosa, uma vida de santidade, uma vida de
separação do pecado.
É por este motivo que a
evangelização tem decrescido em muitas igrejas locais, porque muitos não têm um
testemunho que possa levá-los a falar do Evangelho e da salvação na pessoa de
Jesus Cristo. Como afirma o apóstolo Paulo: “qualquer que profere o nome de
Cristo, aparte-se da iniquidade” (II Tm.2:19 “in fine”).
_ Evangelizar
não é apenas dar conhecimento da notícia de que Jesus salva o homem e o leva
para o céu, mas é um anúncio acompanhado de uma persuasão para a decisão pela
fé em Cristo e, após esta decisão, o acompanhamento nos primeiros,
delicados e difíceis passos no
caminho apertado e na porta
estreita que se escolheu seguir (Mt.7:14). Muitos entendem ter “terminado” seu trabalho
de evangelização quando a pessoa se decide por Cristo e, em uma oração,
confessa seus pecados e aceita a Jesus como seu único e suficiente Senhor e
Salvador. Entretanto, a verdade bíblica é bem outra: a evangelização envolve o
acompanhamento dos primeiros passos do novo convertido, pelo menos até que
tenhamos a certeza de que já há alguém incumbido, na igreja local, de
discipulá-lo.
_ A evangelização não pode ser um
instrumento de escândalo, nem tampouco uma demonstração de imprudência e de
ignorância. As
Escrituras revelam que o servo de Deus é sábio, prudente e conhecedor dos
desígnios divinos (Pv.1:7; 2:6; 5:1). Se temos o Espírito Santo, visto que
somos salvos (Rm.8:9), não há como nos portarmos de modo a dar escândalo aos
homens (I Co.10:32), nem dizermos que estamos a fazer a vontade de Deus
contrariando os próprios ensinos do Senhor (Mt.18:7). Por isso, toda e qualquer
“evangelização” que escandalize as pessoas, inclusive e mui especialmente a
própria igreja, que cause contendas, divisões, tumultos, mau testemunho e
tantas outras coisas mais não são evangelização, mas tão somente uma sutil e
ardilosa operação do maligno, feita, precisamente, para escandalizar o nome do
Senhor (Mt.16:23). Estamos vigilantes, para que não venhamos a ser enganados
pelo inimigo, pois não podemos ignorar os seus ardis (II Co.2:11).
III – COMO CUMPRIR O DEVER DE EVANGELIZAÇÃO NA IGREJA LOCAL
Mas, não é apenas enquanto membros
do corpo de Cristo em particular que devemos evangelizar, e a todo tempo (II
Tm.4:2), mas também enquanto igreja local, temos de promover a evangelização.
Com efeito, na igreja local, entre os dons ministeriais constituídos pelo
Senhor há o de evangelista (Ef.4:11). Portanto: Cada crente, por si só, deve evangelizar.
As
igrejas locais só existem porque é necessário se pregar o Evangelho a toda a
criatura, assim como o
hospital existe para cuidar de doente e a escola, para que professores ensinarem
os alunos.
Um grave
equívoco tem alastrado
em quase todas as igrejas locais da atualidade, o da concepção de que a tarefa da evangelização, na igreja local, deva estar cometida a um segmento que é denominado de
“departamento de evangelismo,” “departamento de missões”. Não
é o departamento de evangelismo que deve evangelizar, mas, sim, toda a igreja
local. Não pode existir atividade na igreja local cujo objetivo não seja
a evangelização. Toda e qualquer segmento da igreja local deve ter sua razão de
ser no ganhar almas para o Senhor Jesus. Quando uma determinada atividade não
tem este alvo, não tem este foco, a igreja está perdendo a sua própria razão de
ser, passa a ser uma inutilidade.
OBS: Num passado não muito
distante, as igrejas locais tinham esta consciência. Os músicos sabiam que
tocavam seus instrumentos com o objetivo de, no louvor, os pecadores serem
atingidos pelo Espírito Santo. Os conjuntos corais preparavam-se para louvar ao
Senhor com o objetivo de almas se renderem aos pés do Senhor. Os ministros e
oficiais tinham o cuidado de ir às reuniões devidamente preparados para pregar
e expor a Palavra de modo a que os pecadores se rendessem a Cristo. Os crentes
procuravam levar o maior número de ouvintes para os cultos, fossem que cultos
fossem, a fim de que as pessoas, ao ouvir a Palavra, aceitassem a Cristo como
Senhor e Salvador de suas vidas. Os diáconos e porteiros preparavam-se com o
objetivo de fazer com que os ouvintes da Palavra se sentissem bem e não
deixassem as reuniões sem antes ouvir a Palavra e se decidissem por Cristo, sem
falar na abordagem respeitosa e na direção do Espírito Santo que se fazia a
todos quantos trafegassem em frente ao templo na hora das reuniões.
IV – COMO CUMPRIR O DEVER DE EVANGELIZAÇÃO ALÉM DA IGREJA LOCAL
Não devemos ser apenas testemunhas
de Jesus em Jerusalém, ou seja, no lugar onde servimos a Deus, seja individualmente,
como também enquanto igreja local. É preciso, também, que sejamos Suas
testemunhas na Judéia, na Samaria e até os confins da Terra (At.1:8).
Enquanto indivíduos, seja enquanto
igrejas locais, precisamos nos empenhar para que o Evangelho chegue a todos
os confins da Terra. Esta é a evangelização que estamos a denominar de
“evangelização além da igreja local”.
Mas,
além da evangelização de outros povos, uma grande necessidade e para a qual
temos convicção de que o Brasil tem um chamado especial da parte do Senhor a
desempenhar (pois é um país com um grande número de crentes, que desfruta de
uma incomum, para não dizer singular, situação no cenário internacional, que é
o de uma plena liberdade religiosa num ambiente democrático estável e de um
baixíssimo índice de rejeição nos demais países, o que, em termos de missões
transculturais, é uma combinação mais do que adequada), temos, também, aqui, a
necessidade de conscientização para a evangelização de grupos que não podem ser
alcançados, por diversos fatores, diretamente pela igreja
local, como a população carcerária,
os doentes que se encontram impedidos de conviver com a sociedade, os setores
amplamente marginalizados da sociedade, cujo convívio é, no mínimo, embaraçoso
e difícil.
Por fim, cabe-nos apenas dizer que uma boa evangelização carece, como em tudo o
que faz o homem, de um planejamento. Este planejamento deve ter três
pontos sem o que de nada adiantará a sua formalização, nem mesmo sua
implementação, a saber:
a) deve ser uma atitude consequente
à direção e orientação do Espírito Santo, pois a obra é de Deus, não do homem;
b) deve levar em consideração o
chamado peculiar de cada igreja local. Muito se tem falado sobre “alvos
personalizados”, mas se tem esquecido que cada igreja é, também, uma “igreja
particular”, que tem características que, antes de mais nada, é resultado da
própria edificação da cabeça da Igreja, do Senhor Jesus;
c) nunca pode discordar do modelo
bíblico para a igreja, ou seja, deve manter a universalidade da pregação do
Evangelho e o envolvimento de toda a igreja local.
CONCLUSÃO
Como disse o Senhor, devemos rogar
ao dono da seara que mande obreiros para ela, porque é muito grande e poucos
são os ceifeiros (Mt.9:37,38; Lc.10:2). No entanto, tem faltado, nestes últimos
dias, à igreja a própria visão da seara. Precisamos, com urgência, atender ao
chamado de Cristo e levantar os nossos olhos e verificar que as terras estão
brancas para a ceifa (Jo.4:35,36). Sem esta visão e sem ter o discernimento
para a tarefa que temos a realizar, seja semear, seja ceifar, seja plantar,
seja regar (I Co.3:7,8), podermos perder a própria vida eterna. Cuidado!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bíblia Online.
Bíblia de Estudo
Pentecostal.
Bíblia de Estudo – Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo
Plenitude.
Dicionário online de
Português.
Dicionário da Bíblia, Teologia e
Filosofia – R.N.
CHAMPLIN.
Dicionário wycliffe.
Dicionário Houaiss.
Comentário Bíblico Beacon - William M. Greathouse Donald
S. M – CPAD
Comentário Bíblico popular (Novo Testamento) - William Macdonald.
Pequena Enciclopédia Bíblica –
Orlando Boyer – IBAD.
Lições Bíblicas CPAD – 3º Trimestre – 2016.
Revista Ensinador
Cristão – nº 67 – CPAD.
O desafio da Evangelização – Pr.
Claudionor de Andrade – CPAD.
Esforça-te para ganhar almas –
Orlando Boyer.
Guia do Leitor da Bíblia – Lawrence O. Richards.
Portal EBD – Dr. Caramuru Afonso Francisco.
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