segunda-feira, 18 de julho de 2016

IGREJA, AGÊNCIA EVANGELIZADORA



3º TRIM. 2016 – LIÇÃO Nº 3 – IGREJA, AGÊNCIA EVANGELIZADORA

 O DESAFIO DA EVANGELIZAÇÃO  Obedecendo ao ide do Senhor Jesus de levar as boas novas a toda criatura

INTRODUÇÃO
Ao revelar o grande mistério que esteve oculto desde antes da fundação do mundo (Ef.3:9), qual seja, a Sua Igreja, Jesus afirmou que ela seria edificada sobre Ele e “…as portas do inferno não prevaleceriam contra ela” (Mt.16:18). A palavra “portas” significa “autoridades”, “forças proeminentes”. Desde este anúncio, o Senhor já deixou claro que a Igreja travaria um incessante combate contra as forças do mal, as autoridades espirituais da maldade, estaria esta a agir no sentido contrário ao trabalho efetuado pelo adversário e pelos seus agentes.
Certa feita, Jesus bem esclareceu qual era o trabalho do diabo e de seus anjos: “roubar, matar e destruir” (Jo.10:10). O Senhor, ao contrário, tendo vindo para desfazer as obras do diabo (I Jo.3:8), veio trazer vida e vida com abundância (Jo.10:10). Ora, se a Igreja é o corpo de Cristo (I Co.12:27), tem como missão trazer vida e isto nada mais é que levar aos homens o próprio Jesus, que é caminho, verdade e vida (Jo.14:6). Portanto, a Igreja existe para pregar o Evangelho até a volta de Jesus, sendo a sua principal tarefa, a evangelização, ou seja, a pregação do Evangelho a judeus e a gentios, o anúncio de que Jesus veio salvar o homem, perdoando os seus pecados e restabelecendo a comunhão entre Deus e a humanidade. A igreja existe para dizer ao mundo que “Jesus salva, cura, batiza com o Espírito Santo e brevemente voltará”.

I – EVANGELIZAÇÃO, O OBJETIVO PRINCIPAL DA EDIFICAÇÃO DA IGREJA POR JESUS
Segundo Orlando Boyer (1893-1978), um dos missionários responsáveis pela obra pentecostal no Brasil, no prefácio de seu livro “Esforça-te para ganhar almas”, a Igreja de Cristo é uma instituição ganhadora de almas, a proclamar, a tempo e fora de tempo, que Jesus Cristo salva a todos os homens que O aceitarem.…” (op.cit., p.8).
Após ter consumado a obra da redenção do homem no Calvário (Jo.19:30) e ter passado quarenta dias dando prova da Sua ressurreição aos discípulos e falado a respeito do reino de Deus (At.1:3), o Senhor determinou qual seria a tarefa principal da Igreja. Mandou que o evangelho fosse pregado por todo o mundo a toda a criatura (Mc.16:15), uma ordem que estabeleceu um verdadeiro dever a todo cristão, a ponto de o apóstolo Paulo ter exclamado: “Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho!”(II Co.9:16).

O “ai de mim se não pregar o evangelho” tem dois sentidos claros:
·         A obrigaçãoPregar o evangelho é, antes de tudo, um ato de obediência a Deus. Paulo sentia que era sua responsabilidade como despenseiro de Deus (I Co. 9.17). Se você não prega porque ama fazê-lo, deve pregar por atitude de obediência. Esta foi a resposta de Pedro às autoridades judaicas que lhe ordenavam parar de pregar: “Julgai se é justo diante de Deus ouvir-vos antes a vós outros do que a Deus” (At. 4.19). Pedro entendia que não poderia parar de pregar, pois se parasse, estaria desobedecendo a Deus.

·         A punição – É, normalmente, um grito de dor diante do castigo. Sei que falar de castigo não é algo agradável na sociedade moderna. Afinal, somos o povo sem freios, sem limites e sem punição. Todavia, a Bíblia apresenta claramente a verdade da prestação de contas e do castigo de Deus àqueles que são infiéis na obediência aos seus mandamentos. Paulo tem consciência disto, tanto que trata a pregação do evangelho como dever do despenseiro (v. 17). Já Ezequiel, o profeta da individualidade diante de Deus, preconiza essa verdade. Através dele, ao desobediente na pregação, o Senhor diz: “o seu sangue da tua mão o requererei” (Ez. 3.18). Não pregar o evangelho é colocar-se na posição de experimentar o castigo de Deus (Mt. 25:30; Jo.15:16; Tg.4:17). Portanto, não evangelizar é desobedecer ao Senhor e sabemos que desobediência é pecado.
Esta ordem de Jesus, registrada por Marcos, foi proferida quando Jesus apareceu aos onze, depois de ter lançado a incredulidade de Tomé, oito dias depois da ressurreição (Mc.16:15; Jo.20:26-29), sendo,

portanto, um dos assuntos referentes ao “reino de Deus” (At.1:3).
No registro feito por Mateus, a ordem de Cristo é dada em um monte na Galileia, para onde o Senhor havia determinado que os onze discípulos fossem (Mt.28:16), tendo, então, a ordem de Cristo sido até mais ampla que a registrada por Marcos, envolvendo além da pregação do Evangelho, o batismo nas águas e o ensino da Palavra (Mt.28:19,20).
Não foi uma ordem circunscrita apenas aos onze apóstolos, como defendem alguns, dizendo, portanto, que não é obrigação senão dos ministros a pregação do Evangelho, uma vez que Jesus também repetiu esta determinação quando, no dia da ascensão, apresentou-Se a mais de quinhentos irmãos, ou seja, a totalidade da nascente Igreja (I Co.15:6), no monte das Oliveiras (At.1:12). Ali, o Senhor determinou que todos eles fossem Suas testemunhas, em todas as partes do mundo, o que, aliás, foi efetivamente cumprido pelos cristãos, depois que foram dispersos de Jerusalém (At.8:1-4).
Esta ordem de Cristo é conhecida pelos estudiosos da Bíblia como a “Grande Comissão”, pois “comissão” significa “ato de cometer, encarregar, incumbir”, é, em primeiro lugar, uma ordem. O verbo, em Mc.16:15, está no modo imperativo, ou seja, trata-se de uma ordem, não de uma recomendação ou de um conselho que venha da parte do Senhor. “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura”. Trata-se de uma ordem, de uma determinação, de alguém que se apresenta como Senhor e, portanto, com autoridade de mando, a quem se apresenta como servo, ou seja, como alguém disposto a obedecer. Tanto assim é que o evangelho segundo Marcos termina com a afirmação de que, em cumprimento à ordem, os discípulos foram e pregaram por todas as partes (Mc.16:20).

A ordem de Jesus:
1) Ir por todo o mundo.
Esta é a primeira parte da Grande Comissão. Ir ao encontro do mundo, ir ao encontro dos pecadores, levar-lhes a mensagem da salvação em Cristo Jesus.

2) Nos lembra que a evangelização é feita sem qualquer discriminação, sem qualquer parcialidade ou preferência deste ou daquele lugar, desta ou daquela nacionalidade.
O dever da Igreja é de ir a todos os lugares e é triste vermos igrejas que se definem como sendo exclusivas de uma certa nacionalidade, de uma certa raça, de um certo local, sem se falar naquelas que se negam a trabalhar em “lugares não apropriados” ou “locais perigosos”. Por isto, vemos a carência de evangelização nos antros de pobreza e miséria nas grandes metrópoles, os presídios, os reformatórios e, mesmo, os hospitais. São locais onde, na atualidade, imperam as obras assistencialistas, muitas delas vinculadas a doutrinas filosófico-religiosas que defendem a salvação pelas obras, sem que haja a presença maciça de servos do Senhor. Jesus ia ao encontro dos publicanos e das meretrizes, a escória da sociedade de seu tempo.

3) Para que se pregue o Evangelho.
Mas o que é pregar? A palavra grega é “ekeryxthen” (έκηρυχθην), cujo significado é “anunciar”, “proclamar”, “publicar”, “tornar público”. “Pregar o evangelho”, portanto, não é apenas fazer um sermão, uma exposição da Palavra de Deus a um grupo de ouvintes, com eloquência, com unção do Espírito Santo. Isto também é pregar, mas não é esta a única forma que se tem para pregar o Evangelho, não é só a isto que Jesus Se refere na “Grande Comissão”. Como sabemos, a tarefa do “ministério da Palavra” era, na igreja primitiva, dos apóstolos (At.6:4), mas, como vimos, não foi só a eles que o Senhor determinou que se pregasse o Evangelho.

Revisando...
A evangelização é o ato de evangelizar e evangelizar é proclamar o Evangelho, podemos resumir que: a evangelização é o ato de proclamação do Evangelho, do anúncio de que chegou o tempo de se obter a justiça diante de Deus, de se ter a salvação, mediante a fé em Jesus.

Pregar o evangelho” é:
_ Antes de mais nada, mostrar antecipadamente o Cristo, de forma adiantada.
Antes de expormos os caminhos da doutrina bíblica, antes de mostrarmos quem é Jesus nas Escrituras, que d’Ele testificam (Jo.5:39). Podemos mostrar Jesus através de nossas próprias vidas! O povo de Antioquia, ao ouvir a mensagem do Evangelho, começou a chamar os discípulos de cristãos, porque, ao compararem o modo de vida de cada crente com o que era mostrado nas Escrituras, descobriram que os crentes daquela igreja eram “parecidos com Cristo”, ou seja, eram “cristãos”.

_ Vivermos de acordo com o Evangelho.
É termos uma vida sincera e irrepreensível diante de Deus e dos homens. Paulo dizia que confessava ser cristão, mas podia fazê-lo porque procurava ter uma consciência sem ofensa diante de Deus e dos homens (At.24:16), repetindo, assim, a mesma conduta de seu Senhor (Lc.2:52; Jo.8:46a). Por isso, não é exato dizer que todo cristão foi dotado da eloquência para pregar em um púlpito para uma multidão ou, mesmo, para tomar a iniciativa de pregar a uma pessoa a ser por ele abordada na sua casa, no local de trabalho ou na escola. Mas todo cristão precisa, em sua vida, antecipadamente dizer a toda criatura quem é Jesus e qual é a transformação que Ele faz em todos quantos O aceitam como único Senhor e Salvador. É necessário que cada um de nós, com nossas vidas, “pregue o Evangelho”, que cada um de nós seja “…uma carta de Cristo e escrita não com tinta, mas com o Espírito de Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração, conhecida e lida de todos os homens” (II Co.3:2,3).

_ Pregar a Cristo.
O assunto é a salvação do homem na pessoa de Jesus Cristo. É para isto que existe a Igreja, isto que é evangelização. O alvo da Igreja é o de pregar a Cristo Jesus.
Nos dias em que vivemos, nos cultos das igrejas locais, o Evangelho não tem sido mais pregado!  Nem o convite ao pecador para aceitar a Cristo tem sido feito mais! Como estamos distantes do objetivo fixado pelo Senhor: a pregação do Evangelho…

_ Pregar com simplicidade.
Jesus é simples, como o provou durante Seu ministério terreno. Mas o que é simplicidade? Simplicidade é ausência de maldade. Como diz o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, é “qualidade, caráter daquele que é sincero; franqueza, pureza, candura”. No texto original grego, a palavra é “aplótes” (άπλότης), cujo significado é, precisamente, o de “singeleza, sinceridade, franqueza, devoção sincera” ( II Co.11:3). Esta simplicidade tem se perdido em muitas igrejas locais e, como consequência disto, parte-se para o formalismo, para o ritualismo, para o excesso de liturgia, para as inovações e para o misticismo, tudo para tentar esconder a falta da graça de Deus, graça esta que está apenas onde há simplicidade.

_ Pregar com fé.
Quando pregamos o Evangelho, devemos mostrar, a começar de nossas vidas, que cremos naquilo em que pregamos. Ora, somente podemos provar que cremos naquilo em que pregamos, se vivermos da mesma maneira que anunciamos.

OBS: Quando a pregação do Evangelho é feita dentro destes requisitos, o Senhor confirma a Palavra com sinais (Mc.16:20).

II – COMO CUMPRIR O DEVER DA EVANGELIZAÇÃO INDIVIDUALMENTE
Quando os cristãos têm consciência que a tarefa primordial da Igreja é a evangelização, passam a entender que sua existência gira em torno desta missão dada a cada crente, que é membro do corpo de Cristo em particular (I Co.12:27).
Ao contrário do que muitos pensam, ou seja, de que evangelizar é entregar folhetos, bater de porta em porta, levar alguém até uma igreja ou subir em um púlpito ou pregar ao ar livre, evangelizar é tudo isto e muito mais: é viver de acordo com a Palavra de Deus, é desfrutar de uma comunhão sincera e perfeita com o Senhor, a ponto de sermos vasos de honra em todos os lugares em que estivermos ou vivermos (II Tm.2:20,21).
_ O primeiro ponto para evangelizarmos é termos uma vida piedosa, uma vida de santidade, uma vida de separação do pecado.
É por este motivo que a evangelização tem decrescido em muitas igrejas locais, porque muitos não têm um testemunho que possa levá-los a falar do Evangelho e da salvação na pessoa de Jesus Cristo. Como afirma o apóstolo Paulo: “qualquer que profere o nome de Cristo, aparte-se da iniquidade” (II Tm.2:19 “in fine”).
_ Evangelizar não é apenas dar conhecimento da notícia de que Jesus salva o homem e o leva para o céu, mas é um anúncio acompanhado de uma persuasão para a decisão pela fé em Cristo e, após esta decisão, o acompanhamento nos primeiros, delicados e difíceis passos no 
caminho apertado e na porta estreita que se escolheu seguir (Mt.7:14). Muitos entendem ter “terminado” seu trabalho de evangelização quando a pessoa se decide por Cristo e, em uma oração, confessa seus pecados e aceita a Jesus como seu único e suficiente Senhor e Salvador. Entretanto, a verdade bíblica é bem outra: a evangelização envolve o acompanhamento dos primeiros passos do novo convertido, pelo menos até que tenhamos a certeza de que já há alguém incumbido, na igreja local, de discipulá-lo.
_ A evangelização não pode ser um instrumento de escândalo, nem tampouco uma demonstração de imprudência e de ignorância. As Escrituras revelam que o servo de Deus é sábio, prudente e conhecedor dos desígnios divinos (Pv.1:7; 2:6; 5:1). Se temos o Espírito Santo, visto que somos salvos (Rm.8:9), não há como nos portarmos de modo a dar escândalo aos homens (I Co.10:32), nem dizermos que estamos a fazer a vontade de Deus contrariando os próprios ensinos do Senhor (Mt.18:7). Por isso, toda e qualquer “evangelização” que escandalize as pessoas, inclusive e mui especialmente a própria igreja, que cause contendas, divisões, tumultos, mau testemunho e tantas outras coisas mais não são evangelização, mas tão somente uma sutil e ardilosa operação do maligno, feita, precisamente, para escandalizar o nome do Senhor (Mt.16:23). Estamos vigilantes, para que não venhamos a ser enganados pelo inimigo, pois não podemos ignorar os seus ardis (II Co.2:11).

III – COMO CUMPRIR O DEVER DE EVANGELIZAÇÃO NA IGREJA LOCAL
Mas, não é apenas enquanto membros do corpo de Cristo em particular que devemos evangelizar, e a todo tempo (II Tm.4:2), mas também enquanto igreja local, temos de promover a evangelização. Com efeito, na igreja local, entre os dons ministeriais constituídos pelo Senhor há o de evangelista (Ef.4:11). Portanto: Cada crente, por si só, deve evangelizar.
As igrejas locais só existem porque é necessário se pregar o Evangelho a toda a criatura, assim como o hospital existe para cuidar de doente e a escola, para que professores ensinarem os alunos.
Um grave equívoco tem alastrado em quase todas as igrejas locais da atualidade, o da concepção de que a tarefa da evangelização, na igreja local, deva estar cometida a um segmento que é denominado de “departamento de evangelismo,” “departamento de missões”. Não é o departamento de evangelismo que deve evangelizar, mas, sim, toda a igreja local. Não pode existir atividade na igreja local cujo objetivo não seja a evangelização. Toda e qualquer segmento da igreja local deve ter sua razão de ser no ganhar almas para o Senhor Jesus. Quando uma determinada atividade não tem este alvo, não tem este foco, a igreja está perdendo a sua própria razão de ser, passa a ser uma inutilidade.
OBS: Num passado não muito distante, as igrejas locais tinham esta consciência. Os músicos sabiam que tocavam seus instrumentos com o objetivo de, no louvor, os pecadores serem atingidos pelo Espírito Santo. Os conjuntos corais preparavam-se para louvar ao Senhor com o objetivo de almas se renderem aos pés do Senhor. Os ministros e oficiais tinham o cuidado de ir às reuniões devidamente preparados para pregar e expor a Palavra de modo a que os pecadores se rendessem a Cristo. Os crentes procuravam levar o maior número de ouvintes para os cultos, fossem que cultos fossem, a fim de que as pessoas, ao ouvir a Palavra, aceitassem a Cristo como Senhor e Salvador de suas vidas. Os diáconos e porteiros preparavam-se com o objetivo de fazer com que os ouvintes da Palavra se sentissem bem e não deixassem as reuniões sem antes ouvir a Palavra e se decidissem por Cristo, sem falar na abordagem respeitosa e na direção do Espírito Santo que se fazia a todos quantos trafegassem em frente ao templo na hora das reuniões.

IV – COMO CUMPRIR O DEVER DE EVANGELIZAÇÃO ALÉM DA IGREJA LOCAL
Não devemos ser apenas testemunhas de Jesus em Jerusalém, ou seja, no lugar onde servimos a Deus, seja individualmente, como também enquanto igreja local. É preciso, também, que sejamos Suas testemunhas na Judéia, na Samaria e até os confins da Terra (At.1:8).
Enquanto indivíduos, seja enquanto igrejas locais, precisamos nos empenhar para que o Evangelho chegue a todos os confins da Terra. Esta é a evangelização que estamos a denominar de “evangelização além da igreja local”.
Mas, além da evangelização de outros povos, uma grande necessidade e para a qual temos convicção de que o Brasil tem um chamado especial da parte do Senhor a desempenhar (pois é um país com um grande número de crentes, que desfruta de uma incomum, para não dizer singular, situação no cenário internacional, que é o de uma plena liberdade religiosa num ambiente democrático estável e de um baixíssimo índice de rejeição nos demais países, o que, em termos de missões transculturais, é uma combinação mais do que adequada), temos, também, aqui, a necessidade de conscientização para a evangelização de grupos que não podem ser alcançados, por diversos fatores, diretamente pela igreja


local, como a população carcerária, os doentes que se encontram impedidos de conviver com a sociedade, os setores amplamente marginalizados da sociedade, cujo convívio é, no mínimo, embaraçoso e difícil.
Por fim, cabe-nos apenas dizer que uma boa evangelização carece, como em tudo o que faz o homem, de um planejamento. Este planejamento deve ter três pontos sem o que de nada adiantará a sua formalização, nem mesmo sua implementação, a saber:
a) deve ser uma atitude consequente à direção e orientação do Espírito Santo, pois a obra é de Deus, não do homem;
b) deve levar em consideração o chamado peculiar de cada igreja local. Muito se tem falado sobre “alvos personalizados”, mas se tem esquecido que cada igreja é, também, uma “igreja particular”, que tem características que, antes de mais nada, é resultado da própria edificação da cabeça da Igreja, do Senhor Jesus;
c) nunca pode discordar do modelo bíblico para a igreja, ou seja, deve manter a universalidade da pregação do Evangelho e o envolvimento de toda a igreja local.

CONCLUSÃO
Como disse o Senhor, devemos rogar ao dono da seara que mande obreiros para ela, porque é muito grande e poucos são os ceifeiros (Mt.9:37,38; Lc.10:2). No entanto, tem faltado, nestes últimos dias, à igreja a própria visão da seara. Precisamos, com urgência, atender ao chamado de Cristo e levantar os nossos olhos e verificar que as terras estão brancas para a ceifa (Jo.4:35,36). Sem esta visão e sem ter o discernimento para a tarefa que temos a realizar, seja semear, seja ceifar, seja plantar, seja regar (I Co.3:7,8), podermos perder a própria vida eterna. Cuidado!

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bíblia Online.
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de Estudo – Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo Plenitude.
Dicionário online de Português.
Dicionário da Bíblia, Teologia e Filosofia – R.N. CHAMPLIN.
Dicionário wycliffe.
Dicionário Houaiss.
Comentário Bíblico Beacon - William M. Greathouse Donald S. M – CPAD
Comentário Bíblico popular (Novo Testamento) - William Macdonald.
Pequena Enciclopédia Bíblica – Orlando Boyer – IBAD.
Lições Bíblicas CPAD – 3º Trimestre – 2016.
Revista Ensinador Cristão – nº 67 – CPAD.
O desafio da Evangelização – Pr. Claudionor de Andrade – CPAD.
Esforça-te para ganhar almas – Orlando Boyer.
Guia do Leitor da Bíblia – Lawrence O. Richards.
Portal EBD – Dr. Caramuru Afonso Francisco.


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